Caiado rebate Bolsonaro e confirma candidatura à presidência em 2026

A cena política brasileira tem sido marcada por intensos embates e anúncios de candidaturas para as eleições de 2026. O ex-presidente Jair Bolsonaro e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, têm sido figuras centrais nesse cenário.

Os conflitos entre Bolsonaro e Caiado têm sido particularmente visíveis nas últimas semanas. Bolsonaro criticou governadores que aderiram a políticas de isolamento durante a pandemia de COVID-19, durante uma live em redes sociais, o que foi interpretado como um ataque velado a Caiado. Em uma live, Bolsonaro se referiu a governadores que adotaram essas medidas como “covardes,” embora tenha negado que estivesse se referindo especificamente a Caiado.

Ronaldo Caiado confirmou recentemente que será candidato à Presidência do Brasil em 2026. Em uma entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, Caiado afirmou que as realizações de seu governo em Goiás demonstram o grande potencial do Brasil se for bem gerido. Ele também rebateu as críticas de Bolsonaro, afirmando que é um homem “poupado pelo sentimento do medo”.

Controvérsias políticas

Apesar de se apoiarem durante o mandato de Jair Bolsonaro (PL) na presidência, os dois políticos vêm enfrentando controvérsias nos últimos anos. Os dois estão apoiado chapas controvérsias nas eleições municipais de Goiânia: Bolsonaro apoiando Fred Rodrigues (PL) e Caiado, Sandro Mabel (União Brasil).

O governador, que está em seu 2º mandato e não poderá recorrer à reeleição, afirmou que será candidato ao Palácio do Planalto. Caiado afirmou que as realizações durante seu mandato em Goiás mostram que o país “tem um potencial enorme” se for “bem gerido”.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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