Caiado recebe Bolsonaro no Palácio das Esmeraldas, em Goiânia

O governador Ronaldo Caiado recebeu, nesta sexta-feira, 14, o ex-presidente da República Jair Bolsonaro, no Palácio das Esmeraldas, em Goiânia. O chefe do Executivo estadual explicou que partiu dele o convite para o almoço na residência oficial. “Sei da liturgia do cargo, da representatividade de um governador. Essa é a característica que tem de ter um governante, ouvir todas as lideranças políticas”, afirmou Caiado. A primeira-dama Gracinha Caiado também recepcionou o ex-presidente.

Ao final do encontro, Bolsonaro relatou que veio a Goiânia para realizar um tratamento dentário e agradeceu o convite do governador. O ex-presidente destacou os resultados positivos alcançados pela gestão de Caiado na área da Segurança Pública. “Goiás é um dos estados que melhor trata a questão da Segurança Pública. Tanto é que os índices de criminalidade estão lá embaixo”, avaliou ao citar o êxito no combate às invasões de terra em Goiás.

Bolsonaro também ressaltou a eficiência da gestão estadual nos investimentos nos Colégios Estaduais da Polícia Militar de Goiás (CEPMG), após decisão do governo federal de encerrar o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim). “Parabéns ao Caiado. Esses colégios militarizados pela Polícia Militar existem há mais de 20 anos. Isso faz diferença no futuro de um estado.”

Caiado explicou que, antes do almoço, recebeu o ex-presidente em seu gabinete, juntamente com parlamentares estaduais e federais. “Foi uma conversa descontraída, mais no sentido de dizer o que foi feito no governo dele por Goiás, os avanços que tivemos e também da liderança dele, até porque foi bem votado no estado.”

Também participaram do encontro o senador Wilder Morais, os deputados federais Gustavo Gayer e Professor Alcides, o presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, Bruno Peixoto, os deputados estaduais Fred Rodrigues, Cairo Salim, além do ex-deputado Major Victor Hugo.

 

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STF mantém acordo de delação premiada de Mauro Cid

Após três horas de audiência, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu manter a validade do acordo de delação premiada do tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. O ministro considerou que o colaborador esclareceu as omissões e contradições apontadas pela Polícia Federal (PF) na oitiva realizada na terça-feira, 19.

O depoimento foi enviado pelo ministro de volta à PF para complementação das investigações.

Em entrevista após o depoimento, a defesa de Cid disse que os benefícios da delação foram mantidos e ele prestou os esclarecimentos solicitados.

A oitiva foi conduzida pelo ministro Alexandre de Moraes, responsável pela homologação da delação premiada do militar. O conteúdo do depoimento não foi divulgado.

Contradições

Na terça-feira (19), Mauro Cid negou em depoimento à PF  ter conhecimento do plano golpista para matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente, Geraldo Alckmin, e Moraes.

Contudo, de acordo com as investigações da Operação Contragolpe, deflagrada no mesmo dia, uma das reuniões da trama golpista foi realizada na casa do general Braga Netto, em Brasília, no dia 12 de novembro de 2022, e teve a participação do ex-ajudante de ordens Mauro Cid.

No ano passado, Cid assinou acordo de delação premiada com a PF e se comprometeu a revelar os fatos que tomou conhecimento durante o governo de Bolsonaro, como o caso das vendas de jóias sauditas e da fraude nos cartões de vacina do ex-presidente.

Mauro Cid é um dos 37 indiciados pela PF no inquérito que investiga tentativa de golpe de Estado após a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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