Caiado reforça compromisso com preservação do patrimônio histórico em visita às obras de restauro na cidade de Goiás

Como parte da agenda de comemorações pelos 297 anos da cidade de Goiás, o governador Ronaldo Caiado visitou, nesta quarta-feira (24/07), prédios históricos em processo de restauração e valorização no município. O primeiro deles foi a Igreja São João Batista do Ferreiro. “A recuperação em curso não é apenas uma responsabilidade minha como governador, mas uma demonstração do compromisso do Estado com a preservação de nossa história”, afirmou.

O chefe do Executivo elogiou a restauração da Igreja do Ferreiro — “Está ficando maravilhosa” — e reafirmou seu compromisso com a entrega da obra. Caiado garantiu que o governo “continuará a dedicar recursos e esforços” para que o patrimônio goiano seja mantido e valorizado. “Nosso compromisso vai além de simplesmente reparar estruturas. É um dever assegurar que cada prédio histórico receba a sustentação necessária para continuar a contar sua história por muitas gerações futuras”, assegurou.

Localizada no antigo Arraial do Ferreiro, a cerca de 10 quilômetros da cidade de Goiás, a igreja, datada do século 18, foi contemplada com investimento de R$ 1,5 milhão do Tesouro Estadual. A obra teve início em abril deste ano como parte do projeto “Fé, Religiosidade e Devoção” da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), alcançando a marca de 90% de conclusão.

Os trabalhos abrangeram uma extensa lista de intervenções, incluindo a revisão do altar-mor, forros, pisos, sistemas elétricos e acessibilidade, visando não apenas restaurar, mas preservar a identidade histórica e cultural da igreja. “É importante falar sobre os restauros e as revitalizações que a gente vem realizando nos últimos anos. Nós, enquanto Governo do Estado, precisamos olhar com muito carinho para o nosso patrimônio material e, claro, para o imaterial”, disse a secretária.

Histórico

Construída em taipa de pilão com telhado em telha de barro canal, a Igreja São João Batista do Ferreiro foi erguida em 1761 pelo tenente José Gomes, tornando-se a segunda edificação religiosa da província. Em 1953, foi tombada como Patrimônio Histórico. Apesar de uma reforma anterior em 2012, que incluiu melhorias estruturais e a construção de anexos modernos, como banheiros e depósitos, a falta de manutenção subsequente resultou em um estado de conservação precário tanto do prédio quanto do cemitério adjacente.

Após visitar a Igreja do Ferreiro, Caiado esteve no Palácio da Instrução, primeira edificação em estilo art déco do estado. O Governo de Goiás vai investir R$ 1,7 milhão na reforma geral do prédio. Os recursos integram o pacote de R$ 23,1 milhões anunciado pelo governador para a rede estadual de ensino. Na terceira visita do dia, o governador conferiu o Primeiro Batalhão da Polícia Militar do Estado de Goiás. O procurador-geral do Estado de Goiás, Rafael Arruda, e a chefe do Escritório Técnico do Iphan em Goiás, Renata Galvão, acompanharam as visitas.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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