Caiado se encontra com Julgmann para debater segurança pública em Goiás

Na noite desta terça-feira (6), o governador eleito em Goiás, Ronaldo Caiado (DEM) esteve com Raul Jungmann, ministro da Segurança Pública no governo Temer. Integrantes da Pasta fizeram uma exposição ao senador sobre a situação real da segurança pública, passaram dados e apontaram sugestões.

Caiado teve acesso a uma série de dados sobre a situação da segurança pública em Goiás, incluindo sistema carcerário, efetivo policial, dados de inteligência e quadro das facções criminosas. Os dados, repassados pela assessoria do Ministério da Segurança Pública em reunião com a presença do ministro Raul Jungmann, confirmam um cenário grave na segurança pública do Estado.

O governo federal confirmou o déficit de nove mil vagas em presídios goianos e, ainda segundo dados do Ministério da Segurança Pública repassados ao governador eleito, as facções criminosas em Goiás contam com 1500 integrantes no interior.

A equipe técnica do ministro Julgmann apontou nos dados uma enorme carência na força policial: são 3.635 policiais civis, 11.667 policiais militares e 2.790 bombeiros para atender a uma população de quase sete milhões de pessoas em 246 municípios.

A assessoria do governador eleito informou que em breve deve ocorrer mais uma reunião entre Caiado e o ministro e, que o democrata está buscando dados oficiais em outros setores até mesmo para furar o bloqueio e a lentidão do atual governo em repassar informações.

Caiado em reunião com integrantes do Ministério de Segurança Pública. / Foto: Assessoria de Ronaldo Caiado.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

STF mantém acordo de delação premiada de Mauro Cid

Após três horas de audiência, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu manter a validade do acordo de delação premiada do tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. O ministro considerou que o colaborador esclareceu as omissões e contradições apontadas pela Polícia Federal (PF) na oitiva realizada na terça-feira, 19.

O depoimento foi enviado pelo ministro de volta à PF para complementação das investigações.

Em entrevista após o depoimento, a defesa de Cid disse que os benefícios da delação foram mantidos e ele prestou os esclarecimentos solicitados.

A oitiva foi conduzida pelo ministro Alexandre de Moraes, responsável pela homologação da delação premiada do militar. O conteúdo do depoimento não foi divulgado.

Contradições

Na terça-feira (19), Mauro Cid negou em depoimento à PF  ter conhecimento do plano golpista para matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente, Geraldo Alckmin, e Moraes.

Contudo, de acordo com as investigações da Operação Contragolpe, deflagrada no mesmo dia, uma das reuniões da trama golpista foi realizada na casa do general Braga Netto, em Brasília, no dia 12 de novembro de 2022, e teve a participação do ex-ajudante de ordens Mauro Cid.

No ano passado, Cid assinou acordo de delação premiada com a PF e se comprometeu a revelar os fatos que tomou conhecimento durante o governo de Bolsonaro, como o caso das vendas de jóias sauditas e da fraude nos cartões de vacina do ex-presidente.

Mauro Cid é um dos 37 indiciados pela PF no inquérito que investiga tentativa de golpe de Estado após a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Isso vai fechar em 0 segundos