O sentimento é de derrota para o Estado de Goiás. Assim deixou claro o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) sua decepção com o parecer do promotor de Justiça Astúlio Gonçalves de Souza, do Ministério Público de Goiás (MP-GO), que considerou legal o perdão da dívida de R$ 1 bilhão que o ex-governador Marconi Perillo (PSDB) concedeu à JBS em dezembro de 2014, dois meses após ter sido reeleito. “Tenho alergia a bandido e corrupto”, resumiu Caiado ao se referir aos constantes escândalos de corrupção da gestão do tucano.
“Não vê indícios de irregularidade diante de uma anistia de uma lei que teve a durabilidade de três dias, para atender apenas alguns amigos, é algo frustrante diante do momento que a gente vive, precisando de dinheiro para investir na Educação, na Saúde, na Segurança Pública”, reagiu Caiado, indignado, durante coletiva de imprensa em Anápolis na última terça-feira, 16.
A investigação contra Marconi foi arquivada, quase nove anos após a denúncia, por, segundo o promotor, “falta de elementos que comprovem improbidade”. Na época, o ex-governador tucano sancionou a vigência de uma lei por três dias, garantindo anistia de grande parte da dívida bilionária que a empresa JBS tinha com Estado de Goiás.
“Me entristeceu muito porque o Estado perdeu R$ 1 bilhão. É algo que faz com que a população fique imaginando: para onde está indo o dinheiro público?”, questionou Caiado. “De R$ 1 bilhão foram repassados somente R$ 100 milhões, o restante foi simplesmente anistiado. Anistiado!”, ressaltou o governador.
O descaso da gestão tucana com a coisa pública, para Caiado, sempre onerou a população goiana. “Esse aeroporto (de Anápolis) é um exemplo de gastos que só penalizaram a população. São situações que demonstram a necessidade de maior celeridade nas decisões judiciais em Goiás”, acrescentou.