Caike Luna, de Zorra Total, morre aos 42 anos

Famoso com o personagem Cleitom do Zorra Total na TV Globo, o ator Caike Luna lutava contra um câncer desde abril

Morreu na manhã deste domingo (3), aos 42 anos, o ator Caike Luna. Paranaense, ele ficou conhecido em todo o país com a interpretação do personagem Cleitom, do programa Zorra Total, da TV Globo.

Caike Luna lutava contra um câncer desde abril, quando comunicou a doença publicamente. Desde então, tratava o Linfoma não Hodgkin, mesmo que acometeu o ator Reynaldo Gianecchini, em 2011.

Nas redes sociais, a notícia foi confirmada pela humorista Katiuscia Canoro, que recebeu apoio de outros nomes importantes do cenário, como Tatá Werneck, Cacau Protásio e Rafael Portugal.

“É com a maior tristeza do mundo que venho comunicar a partida do meu irmão Caike Luna”, comunicou a artista.

Carreira

Caike Luna começou a carreira artística em Curitiba, onde cursou a Faculdade de Artes do Paraná. Na cidade, atuou em 45 peças de teatro e comerciais de TV, até que se mudou para o Rio de Janeiro, em 2007. Ali, então, passou a fazer cada vez mais trabalhos para a TV.

Além do sucesso como Cleitom, em Zorra Total, Caike também teve destaque na novela Rock Story, também da TV Globo. Atualmente, o ator fazia parte do elenco de alguns programas na grade do Multishow, como Baby e Rose, Xilindró e Treme Treme.

Em abril, quando anunciou a descoberta do câncer, o ator do Zorra Total fez uma postagem sobre a condição de saúde.

“(…) Gosto de inventar pessoas que fazem as pessoas rirem se identificando com as suas pessoas. Fazer de conta que a vida real pode ser como imagino. E ela existe para mim, por que eu creio. Ser feliz é uma promessa, mesmo que às vezes tenhamos que chorar um pouco. Não podemos deixar que a realidade nos sequestre a capacidade de voar apenas fechando os olhos. Ela sempre vai tentar.

Quando esse vírus da vida real bateu lá em casa e levou meu pai, fiquei triste, perdi peso, perdi um pouco meu dom de iludir. Achei que era tristeza, mas era acúmulo desse medo da vida como ela é. Daqui a pouco colocarei um cateter para iniciar um tratamento contra um Linfoma Não-Hodgkin que me habitava enquanto eu iludia. Vida real.

Qualquer recado, me mandem por Jesus, o Cristo… Estarei sedado… mas Ele, comigo e com quem crê, não dorme nunca. Então acorda para cuspir que o tempo muge! Bom dia!”.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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