Caldas Novas concentra mortes por dengue em Goiás neste ano

dengue

Em 2023, três pessoas morreram por dengue em Caldas Novas. O município concentra a maior parte dos registros de óbito pela doença neste ano em Goiás. Na sequência aparecem Padre Bernardo, Luziânia, Ouvidor e São Simão com uma vítima fatal, cada. Ao todo, a infecção transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti já causou o falecimento de sete goianos e pode ter matado outras 23 pessoas e em outros 14 municípios onde há casos suspeitos em investigação.

 

A doença pode ter diversas complicações e morte, a começar pelo tipo hemorrágico. Nessa forma podem ocorrer sangramentos em alguns órgãos. Além disso, há possibilidade de   coagulação e trombose em todas as outras manifestações. Diante dos primeiros sintomas de dengue, é importante buscar atendimento médico nas Unidades de Saúde da Atenção Primária do Sistema Único de Saúde (SUS). 

 

O diagnóstico correto e a eliminação dos riscos de agravamento da doença podem evitar óbito. Os sinais de atenção são febre alta com duração de dois a sete dias, dor atrás dos olhos, dores de cabeça,  no corpo e nas articulações, mal-estar geral, náusea, vômito, diarreia e manchas vermelhas na pele, com ou sem coceira. No atendimento médico, a partir de diagnóstico clínico e de exames laboratoriais, são avaliados os fatores de risco, a faixa etária da pessoa, as comorbidades e o quadro da doença. 

 

A SES-GO confirmou 3.374 casos da doença somente na semana passada. O número é um pouco menor do que registrado na semana anterior, quando houve 3.441 registros. Ações pontuais e conjuntas da pasta resultaram em redução de 70% dos casos em comparação ao mesmo período do ano passado. A epidemia da doença em 2023 concedeu ao estado a maior taxa de incidência da doença no Brasil.

 

A dengue é uma doença infecciosa que depende do controle da proliferação no ambiente. A limpeza para eliminação de criadouros com água nos pátios e quintais das residências e a aplicação de inseticida nos municípios são algumas das medidas necessárias. Para a proteção individual, o uso de repelentes e mosquiteiros são indicados. A vacina QDenga foi aprovada neste mês pela Anvisa, mas deve estar disponível a rede particular somente a partir do segundo semestre de 2023 e pode ser incluída no calendário nacional do Ministério da Saúde.

 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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