Última atualização 19/09/2022 | 16:33
A esperada chuva vai demorar um pouco, mas para algumas cidades goianas a previsão do tempo é de que chuviscos refresquem a população neste fim de semana. O tempo seco intenso também deve dar um trégua com estimativa de umidade do ar entre 20% e 65%. A estatística do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas do Estado de Goiás (Cimehgo) revela a possibilidade de somente 5 milímetros de pancadas, no máximo, concentradas na região sudeste do estado.
No sábado,17, e domingo, 18, haverá sol e variação de nebulosidade. O deslocamento de uma frente fria pela região sudeste do Brasil influenciará o transporte de umidade na parte centro-sul de Goiás. Esse cenário será o suficiente para permitir chuviscos em áreas isoladas, mas de baixo volume em algumas regiões goianas. Em Goiânia, a temperatura máxima pode chegar aos 34º C e umidade relativa do ar variando entre 20% a 65%.
A capital não registra pancadas de chuva ou até mesmo chuviscos há pouco mais de quatro meses. A chegada da primavera, em 22 de setembro, marca a transição para o início do período das águas no estado. De acordo com o gerente do Cimehgo, André Amorim, as chuvas intensas devem recomeçar na segunda quinzena de outubro. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estabelece esse patamar quando o índice fica entre 12% e 20% e abaixo dele estado de emergência.
A redução de vapor d’água na atmosfera exige mais cuidados com a saúde, como evitar exercícios físicos e trabalhos ao ar livre entre 10 e 16 horas e utilização de soro fisiológico para olhos e narinas. Amorim afirma que a seca está mais intensa, porém a queda acentuada e gradativa da umidade do ar é normal para o período de inverno. A explicação para a intensidade da secura no estado envolve aspectos climáticos já esperados e as mudanças ocasionadas pelo aquecimento global.
Segundo o professor do Instituto de Estudos Sócio Ambientais (IESA) da Universidade Federal de Goiás (UFG), João Batista de Deus, o desmatamento da Amazônia impacta diretamente a frequência de chuvas em solo. Menos árvores na floresta representam menos umidade em direção ao estado que, aliada à pouco vapor d’água vindo do mar e esbarrando na barreira natural da cordilheira dos Andes, tornam a estiagem mais rigorosa.
A orientação da titular da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), Andréa Vulcanis, é evitar algumas ações que podem causar incêndios florestais. “A queima de lixo doméstico, o descarte de bituca de cigarros nas rodovias e a falta de aceiros em propriedades rurais podem dar início ou contribuir para que o fogo se espalhe rapidamente”, explica.