Dados da Secretaria da Fazenda apresentados na Comissão de Finanças e Orçamento da Alego mostram que dívida pode chegar aos R$5 bilhões
A Comissão de Finanças e Orçamento da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) recebeu a Secretaria Municipal da Fazenda (Sefaz) nesta terça-feira (17/6) para defender a prorrogação do decreto de calamidade financeira por mais 180 dias, e informou que a dívida acumulada da Prefeitura de Goiânia, deixada pela gestão do ex-prefeito Rogério Cruz (Solidariedade), já ultrapassa R$ 5 bilhões.
O passivo atual é resultado de precatórios, dívidas judiciais e obrigações não empenhadas pela gestão anterior, como R$ 400 milhões da Comurg, R$ 460 milhões cobrados pelo Tribunal de Justiça e R$ 80 milhões referentes ao subsídio do transporte coletivo. Também foi apontado o surgimento de R$ 1,2 bilhão em débitos não registrados oficialmente, o que explicaria a divergência com os dados apresentados pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM).
Entre os exemplos citados, está o caso do Instituto de Assistência à Saúde e Social dos Servidores Municipais (Imas), com R$ 233 milhões em dívidas com hospitais, clínicas e profissionais da saúde, sem qualquer registro contábil. A gestão atual recebeu o paço com uma dívida de R$ 4,8 bilhões, já pagou R$ 500 milhões, mas ainda precisa arcar com mais de R$ 4,3 bilhões. O objetivo é alcançar superávit anual de R$ 1 bilhão, o que exigiria os quatro anos de mandato para quitação do montante herdado.