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Calouros de Universidade Federal do Paraná sofrem queimaduras durante trote

Última atualização 31/03/2022 | 15:00

Estudantes da Universidade Federal do Paraná (UFPR) de Palotina sofreram queimaduras durante um trote realizado na tarde da última quinta (30). Segundo informações da Polícia Militar do município, os estudantes do curso de Medicina Veterinária, foram queimados com creolina, um desinfetante e germicida, que em contato com a pele causa queimaduras.

A polícia afirmou que os estudantes estavam realizando um “pedágio” para pedir dinheiro no centro da cidade, quando o líquido foi arremessado, atingindo os estudantes – que sofreram diversas queimaduras pelo corpo. No total, 25 estudantes ficaram feridos e foram encaminhados para o Hospital Municipal de Palotina, onde passaram por atendimento médico.

Durante os depoimentos, os calouros informaram que não sabiam o nome dos envolvidos no trote, mas que visualmente conseguiriam realizar a identificação dos envolvidos. Os calouros ainda falaram que mandaram eles fecharem os olhos, se ajoelharem no chão, então o líquido foi arremessado.

A Polícia Civil abriu inquérito sobre o caso e afirmou que irá ouvir novamente as vítimas e identificar os responsáveis pelos ferimentos. Segundo a PC os envolvidos podem responder judicialmente por tortura e lesão corporal de natureza grave.

Por meio de uma nota a UFPR lamentou o ocorrido e afirmou estar indignada com a violência durante o trote, veja a nota completa na integra:

A Universidade Federal do Paraná adota a posição institucional do trote sem violência, na conscientização dos alunos de que a recepção aos calouros deve ser um momento de alegria e integração com os veteranos. A UFPR não tolera nenhum tipo de violência e o episódio infeliz envolvendo calouros em Palotina é um caso isolado. A direção do Setor Palotina já abriu o processo de apuração de responsabilidade sobre esta ação de trote violento que resultou em queimaduras nos calouros.

O estudante ou membro da comunidade que presenciar qualquer ato violento, discriminatório ou constrangedor com relação à recepção dos calouros pode realizar denúncia pelo telefone 41-984021131 ou por meio dos endereços de e-mail [email protected] e [email protected].

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