Calvície pode atingir 80% dos homens

“É preciso procurar um dermatologista assim que o paciente perceber que existe uma queda além do padrão, ou seja, excessiva”

Apesar da maior incidência em homens, mulheres também podem ser afetadas pela alopecia androgenética, ou como é mais conhecida a calvície afirma a dermatologista Maria Lígia, em entrevista ao jornal Diário do Estado. A perda excessiva de cabelos pode ter um impacto significativo na aparência, além de representar uma série de deficiências no corpo, tanto em homens como em mulheres. A calvície, como o próprio nome diz, é um problema de origem genética que pode levar à perda total ou parcial dos cabelos.

Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, estima-se que 80% dos homens com mais de 80 anos sofram do problema. Porém, de acordo com a dermatologista Maria Lígia,  a calvície também pode afetar as mulheres. Nos homens, a perda de cabelo tende a se concentrar no topo do couro cabeludo e, nas mulheres, é mais difusa. Ela explica que a alopecia possui uma forte relação com a questão hormonal. Por isso, segundo ela, é mais comum em homens, devido a presença da testosterona, hormônio causador do problema. “Mulheres que fazem uso de hormônios anabolizantes podem ter queda acentuada de cabelo”, destaca. Embora seja um quadro de origem genética e hereditário, a existência de um ou mais casos na família não significa que, necessariamente, a calvície se manifestará.

Nas mulheres, muitas vezes a calvície é subdiagnosticada, isto acontece pois, em geral, a mulher não fica careca e por isso não dá a devida atenção ao problema. Na calvície feminina o cabelo vai afinando e raleando com o tempo.  “É preciso procurar um dermatologista assim que o paciente perceber que existe uma queda além do padrão, ou seja, excessiva”, afirma. O normal é que caiam entre 50 e 100 fios de cabelo por dia, dependendo do volume. Mas existem outras causas para a queda de cabelo. Uma bastante comum é o eflúvio telógeno, caracterizado pela  queda de cabelo temporária, causado por por distúrbios hormonais, perda de peso excessivo, sangramentos, anemia, problemas de tireoide e deficiência de vitaminas. “Nestes pacientes, fazemos a análise sanguínea e do couro cabeludo”, analisa a dermatologista.

Tratamentos

Os tratamentos da queda de cabelo normalmente são via medicamentoso oral. “Mas nada de fazer automedicação, pois são fatores diversos que causam a queda e por isso é preciso uma avaliação antecedente com um especialista para que seja realizado o tratamento correto de acordo com a necessidade de cada paciente”, alerta Maria Lígia. Ela ainda cita tratamentos auxiliareis como o LED que é uma luz anti-inflamatória que diminui a queda de cabelo e aumenta a penetração dos medicamentos. A dermatologista pontua ainda outros tratamentos como o Laser Capilar que atua contra o afinamento dos fios e na redução da queda; e a  Microinfusão de Medicamentos na Pele (MMP), no qual um aparelho faz microinfusão dos ativos direto no couro cabeludo. “Temos uma eficácia maior pois o ativo é colocado direto onde ele precisa agir: na raiz do cabelo”, ressalta.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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