Câmara alcança quórum mínimo para votar denúncia

O ritmo da sessão de votação da denúncia contra o presidente Michel Temer está mais célere do que os próprios governistas esperavam e pegou os oposicionistas de surpresa. Por volta das 12h40, os deputados aprovaram por 292 votos a 20 um requerimento para encerrar a fase de discussão. Houve somente duas abstenções. O quórum de votação do requerimento foi de 315 presentes. No momento da votação do acolhimento da denúncia, é preciso haver quórum mínimo de 342 deputados.

Após a aprovação do requerimento para encerrar as discussões, que poderiam se estender por toda a tarde, os deputados poderão dar início aos encaminhamentos para votação mais cedo. Antes disso, no entanto, outros requerimentos apresentados à Mesa Diretora terão que ser analisados.

Depois, os governistas querem que o advogado de Temer, Antonio Claudio Mariz, fale novamente por cerca de dez minutos em defesa do peemedebista. Em seguida, os líderes farão os encaminhamentos sobre a votação com orientações aos partidos.

Às 13h15, havia 443 deputados na Casa e 386 presentes no plenário.

As informações são do Estadão

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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