Após intensos debates entre os vereadores e agitação na galeria, a Câmara Municipal de Vila Velha aprovou a implantação de cotas para pessoas negras, indígenas e quilombolas em concursos públicos e processos seletivos administrados pela cidade canela-verde. O projeto de lei da vereadora Patrícia Crizanto (PSB), aprovado na última sessão, destina 30% das vagas a esses grupos, abrangendo cargos efetivos, empregos públicos e contratações temporárias. A votação foi cercada de tumulto após o vereador Deva (Republicanos) solicitar mais tempo para analisar o texto, causando desconforto aos presentes na galeria. A autora do projeto defendeu a medida, argumentando que o pedido representava um ato de racismo institucional que buscava obstruir uma votação legítima. Diante da agitação tanto dos presentes quanto dos parlamentares, a sessão foi suspensa pelo presidente da Câmara, Osvaldo Maturano (PRD). Após a intervenção da polícia legislativa, os vereadores retornaram para votar o pedido de vista de Deva, que foi negado. A aprovação do projeto foi realizada com 12 votos favoráveis, incluindo o do vereador que solicitou a vista, e um voto contrário. Devacir Rabello (PL) foi o único que votou contra o projeto; os demais parlamentares estavam ausentes. O texto agora aguarda sanção ou veto do prefeito de Vila Velha, Arnaldinho Borgo.