Câmara aprova reajuste de 9% para militares com impacto de R$ 5 bi

camara-aprova-reajuste-de-925-para-militares-com-impacto-de-r24-5-bi

A Câmara dos Deputados aprovou reajuste de 9% nos salários das Forças Armadas, com um impacto estimado em R$ 5 bilhões. Os militares pleiteavam um aumento maior, porém o governo justificou a falta de orçamento para atender às demandas. Com o reajuste, estima-se que os cofres públicos terão um custo de R$ 5,3 bilhões em 2026.

A medida provisória aprovada autoriza um reajuste linear de 9% para todos os militares ativos, da reserva e pensionistas. O texto aprovado segue o conteúdo de uma MP do governo federal editada em março deste ano. A eficácia da medida depende da aprovação pelo plenário do Senado antes do prazo de validade em agosto.

O reajuste incide apenas no “soldo”, a remuneração básica dos militares. Além desse aumento, os militares podem receber outros benefícios adicionais, o que pode elevar ainda mais os salários. Com o novo reajuste, o salário inicial das Forças Armadas passará de R$ 1.078 para R$ 1.177, enquanto patentes mais elevadas terão um aumento de R$ 13.471 para R$ 14.711.

De acordo com informações do governo, a medida terá um custo de R$ 3 bilhões em 2025 e de R$ 5,3 bilhões no próximo ano. Estima-se que cerca de 740 mil pessoas serão beneficiadas com o reajuste. O governo justifica a atualização salarial como parte de um acordo com as Forças Armadas e em conformidade com ajustes concedidos a outros servidores públicos.

Militares expressaram insatisfação com os percentuais propostos pelo governo e solicitaram um reajuste ainda superior. Uma das propostas apresentadas buscava um aumento de 18%. O relator da MP, deputado Eduardo Pazuello, buscou elevar o reajuste em negociações com representantes do governo e do Ministério da Defesa, porém alegou restrições orçamentárias que impediam um índice maior.

Apesar das tentativas de ampliar o reajuste, o governo reitera que não há margem no orçamento para atender às demandas dos militares. O deputado Pazuello, em seu parecer, destacou a impossibilidade de modificar os percentuais concedidos pelo governo. O reajuste visa compensar a defasagem na remuneração dos militares e pensionistas diante dos índices inflacionários dos últimos anos.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp