Câmara começa a investigar obras paradas em Goiânia

Câmara começa a investigar obras paradas em Goiânia

Vereadores de Goiânia começam a investigar hoje obras paralisadas na capital por meio da Comissão Especial de Inquérito (CEI) que investiga atos e infrações com relação às obras públicas paralisadas em Goiânia. A CEI foi proposta pelo vereador Alysson Lima (PRB) em novembro de 2017 e vai investigar a situação de pelo menos, 40 obras inacabadas no município. Além da obra do BRT, da Casa de Vidro e da Marginal Cascavel (2011), a Comissão deve averiguar a situação de 13 CMEIs, além de obras de infraestrutura, drenagem e pavimentação de vários bairros e praças em diversos setores.

De acordo com o parlamentar propositor da CEI, um relatório da Secretaria de Infraestrutura de Goiânia (Seinfra) foi solicitado para que os 22 integrantes da Comissão tomem conhecimento de quantas e quais são as obras  inacabadas. “Queremos saber a exata situação de cada obra, bem como, o que já foi gasto e quais são as empresas contratadas para realizar as mesmas”, afirmou Alysson.

O parlamentar lembra que o prejuízo aos cofres públicos é muito grande, pois além de encarecer o projeto original, na maioria das vezes, novas empresas são contratadas para dar continuidade à obra. “Vamos investigar os motivos da não conclusão, apontar responsabilidades e cobrar providências para que a população não seja ainda mais prejudicada”, diz Alysson. A CEI deve ser concluída em 60 dias, prorrogáveis, para apurar os fatos e apresentar relatório conclusivo para apreciação.

A primeira reunião da Comissão será realizada hoje na Câmara Municipal para definir o presidente. Além de Alysson Lima (PRB), a CEI terá como membros titulares, os vereadores GCM Romário Policarpo (PTC); Delegado Eduardo Prado (PV) e Paulinho Graus (PDT), ambos representando o Bloco “Por uma Goiânia Melhor”; Felizberto Tavares (PR); Milton Mercêz (PRP) e Sabrina Garcêz (PMB). O mesmo bloco indicou ainda como suplentes na Comissão, os vereadores Paulo Daher (DEM) e Léia Klébia (PSC).

Também como suplentes foram indicados os vereadores Wellington Peixoto (MDB) e Priscilla Tejota (PSD). Alguns integrantes poderão ser substituídos, porque de acordo com o Regimento Interno da Casa, um mesmo vereador não pode ser titular em duas Comissões.

Patrícia Santana

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

PF investiga general ligado ao governo Bolsonaro por imprimir plano para matar Moraes, Lula e Alckmin no Planalto

A Polícia Federal (PF) revelou que o general Mário Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência e ex-ministro interino do governo Bolsonaro, teria impresso no Palácio do Planalto um “plano operacional” para assassinar o ministro Alexandre de Moraes, do STF, além do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Geraldo Alckmin. Denominado “Punhal Verde e Amarelo”, o plano de três páginas foi encontrado no gabinete da Secretaria-Geral. Fernandes foi preso na manhã desta terça-feira (19).

De acordo com a PF, o documento, salvo sob o título “Plj.docx” (referência à palavra “planejamento”), detalhava a execução do plano. Além disso, outros arquivos sensíveis, como “Fox_2017”, “Ranger_2014” e “BMW_2019”, foram localizados na pasta “ZZZZ_Em Andamento”, que a polícia interpretou como um indício de que as ações estavam em fase ativa. Curiosamente, os nomes dos arquivos remetiam a veículos pessoais do general, segundo o relatório policial.

A defesa de Mário Fernandes ainda não se pronunciou sobre o caso.

Operação e alvos

A operação desta terça-feira prendeu quatro militares e um policial federal, todos investigados por ligação com um suposto grupo denominado “Kids Pretos”, formado por integrantes das Forças Especiais. O grupo é acusado de planejar o assassinato de lideranças políticas após a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.

Ao todo, a operação cumpriu cinco mandados de prisão preventiva, três mandados de busca e apreensão e determinou 15 medidas cautelares, incluindo a entrega de passaportes e a suspensão de funções públicas dos envolvidos. Entre os alvos estão Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo, além do policial federal Wladimir Matos Soares.

A investigação faz parte de um inquérito mais amplo que apura possíveis tentativas de golpe de Estado relacionadas à eleição de 2022.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Isso vai fechar em 0 segundos