Câmara de Goiânia derruba veto de Íris

Caso seja aprovado nesta segunda votação, o projeto seguirá para a sanção do prefeito de Goiânia, Rogério Cruz

“Ao invés de fazer licitação para comprar grandes quantidades em bloco, o diretor receberá o dinheiro para fazer um processo mais simplificado, com opção de comprar no próprio bairro da escola”

Na quarta-feira (17), vereadores de Goiânia derrubaram dois vetos do prefeito Íris Rezende (MDB) a projetos de lei que envolvem benefícios à rede educacional municipal. Descentralização de recursos da merenda e a inclusão de par de tênis em cada kit de uniforme concedido aos estudantes. A primeira questão teve veto parcial anulado por 18 votos a 3, enquanto a segunda, que teve veto total, recebeu apoio da unanimidade, 18 votos favoráveis e três abstenções.

Em ambos os casos, a expectativa das vereadoras responsáveis, respectivamente Priscilla Tejota (PSD) e Tatiana Lemos (PCdoB), é de que os dispositivos sejam sancionados por Rezende em breve. De acordo com Tejota, seu projeto trata do encaminhamento do recurso da merenda, vindo do Governo Federal, direto para a unidade escolar. “Ao invés de fazer licitação para comprar grandes quantidades em bloco, o diretor receberá o dinheiro para fazer um processo mais simplificado, com opção de comprar no próprio bairro da escola”.

Para ela, o novo processo desburocratiza as aquisições de alimentos e dá mais transparência, já que deverá possuir mais elementos fiscalizatórios. “Temos um conselho escolar, formado pela população, pais e professores que será um fiscal da iniciativa e também o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), o qual também já está preparado para monitorar o processo”. A parlamentar ainda argumenta que o Estado de Goiás já atua dessa forma há cerca de 20 anos e lembra que é uma proposta recomendada pelo Ministério da Educação (MEC). “Já temos exemplo disso funcionando em nosso estado, além de ser uma questão recomendada pelo MEC, por ser menos corruptível, mais transparente  e ter mais qualidade”.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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