Câmara dos Deputados aprova auxílio gás para famílias de baixa renda

Os estabelecimentos comerciais precisam ter como a principal atividade econômica a venda do gás

A Câmara dos Deputados aprovou, nesta quinta-feira (27), a proposta de criação do Programa Gás para Brasileiros, o auxílio gás. A medida garante que famílias de baixa renda recebam, a cada dois meses, o equivalente a 40% do preço do botijão de gás. Agora, a matéria segue para sanção presidencial.

O financiamento do programa será feito por recursos royalties que pertencem à União na produção de petróleo e gás natural sob regime de partilha de produção, de parte de venda do excedente em óleo e bônus de assinatura nas licitações de áreas para exploração de petróleo e gás natural. Além disso, serão utilizados também outros recursos que venham a ser previstos no orçamento Geral da União e dividendo da Petrobras pagos ao Tesouro Nacional.

A proposta também mantém como uma das fontes de financiamento parte do montante que cabe à União da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide-combustíveis), que passará a incidir sobre o botijão de gás de 13 litros. Anteriormente, senadores removeram o trecho, mas ele acabou retornando durante a votação nesta quarta-feira (27).

De acordo com o relator, o deputado Christiano Aureo (PP), o benefício terá um custo de cerca de R$ 592 milhões. Com isso, então, poderá atender 2 milhões de famílias do CadÚnico. Os valores da alíquota adicional da Cide equivalem ao que o governo deixou de cobrar de PIS/Cofins, desde março deste ano. O pagamento será bimestral, por cinco anos, contados a partir da abertura dos créditos orçamentários necessários.

Quem pode receber o auxílio gás? 

Podem receber o auxílio famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), com renda familiar mensal per capita menor ou igual a meio salário-mínimo. Além disso, pessoas que morem na mesma casa de beneficiário do Benefício de Prestação Continuada (BPC) também podem buscar o benefício.

O auxílio gás será concedido preferencialmente às famílias com mulheres vítimas de violência doméstica sob monitoramento de medidas protetivas de urgência. A preferência de pagamento será para a mulher responsável da família.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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