Câmara dos Deputados defende liberação de emendas em resposta ao ministro Flávio Dino do STF

A Câmara dos Deputados afirmou ao ministro Flávio Dino, do STF, que a liberação das emendas passou por análise de quatro ministérios, além da Presidência. Em um ofício enviado ao magistrado, a Casa argumentou que a liberação das emendas teve o aval do governo federal. O documento foi uma resposta aos pedidos de esclarecimento feitos por Dino, que havia suspendido o pagamento de R$ 4,2 bilhões das verbas.

Segundo a Câmara, o procedimento foi analisado pelos ministérios da Fazenda, Planejamento e Orçamento, Gestão e Inovação e Relações Institucionais, além da Advocacia-Geral da União e da Secretaria Especial para Assuntos Jurídicos da Casa Civil da Presidência da República. Todos estes órgãos consideraram o procedimento adotado pela Câmara como legal e em conformidade com a decisão do Tribunal.

O documento também refutou a acusação de “manobra” na suspensão das emendas de comissão. A Câmara argumentou que a decisão de suspender as comissões teve o objetivo de acelerar as votações pendentes. Além disso, a Casa solicitou a revogação da decisão do ministro Dino e a liberação dos R$ 4,2 bilhões em emendas.

Na semana passada, Flávio Dino determinou a suspensão imediata do pagamento de 5.449 emendas de comissão, impactando um montante de R$ 4,2 bilhões do orçamento da União. O magistrado justificou sua decisão alegando que o pagamento não poderia ser realizado sem a apresentação das atas das sessões das comissões permanentes da Câmara.

Além disso, o ministro destacou em sua decisão um ofício enviado por 17 líderes partidários ao governo federal, solicitando a liberação do pagamento das emendas, sem a devida identificação dos autores. Dino determinou também a abertura de uma investigação pela Polícia Federal para apurar possíveis irregularidades nos procedimentos realizados.

Diante desse cenário, a polêmica em torno da liberação das emendas parlamentares segue ganhando destaque nos meios políticos e jurídicos. A transparência e legalidade dos procedimentos realizados pela Câmara dos Deputados estão sob escrutínio, enquanto os desdobramentos dessa situação ainda estão sendo aguardados. É importante que as instituições atuem de forma transparente e dentro da legalidade para preservar a integridade das ações governamentais.

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“Descubra os apelidos do “Rei do Lixo” em investigação da PF na Operação Overclean”

Os apelidos do “Rei do Lixo” descobertos pela PF em interceptações

Conhecido como “Rei do Lixo”, empresário Marcos Moura era chamado por diferentes
apelidos por outros envolvidos no esquema de corrupção

Investigado pela Polícia Federal por desvio de recursos públicos, o empresário Marcos Moura, conhecido como “Rei do Lixo“, tinha diferentes apelidos entre os aliados, segundo diálogos e conversas interceptadas pela PF.

De acordo com o relatório da PF sobre a operação que investiga o empresário, Marcos era chamado por Fabio Parente e Alex Parente, também investigados, por apelidos como “Irmão M”, “MM” e “líder”.

O empresário, no entanto, foi solto após dias preso. O vereador Francisquinho Nascimento também foi preso na ação. E amigo de ACM Neto, vice presidente. Fechar modal.

Rei do Lixo, Marcos Moura foi preso na Operação Overclean. O empresário, no entanto, foi solto após dias preso. O vereador Francisquinho Nascimento também foi preso na ação. E amigo de ACM Neto, vice presidente.

Segundo a Polícia Federal, o Rei do Lixo se envolveu em tratativas para favorecer a “Alpha Pavimentações”, dos irmãos Parente, em licitações em diferentes municípios da Bahia e até em outros estados.

Há indícios de que Marcos Moura esteve envolvido em tratativas escusas para favorecer a empresa Alpha na contratação realizada pelo município de Juazeiro/BA, com recursos vinculados ao Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, no montante de R$ 14.507.575,00, diz um trecho do relatório da PF, ao qual a coluna teve acesso.

Como a coluna noticiou, Marcos Moura é acusado de ser um dos principais operadores do esquema. O empresário é dono da “MM Consultoria Construções e Serviços Ltda”, que tem contrato milionários com prefeituras da Bahia.

O “Rei do Lixo” é integrante do diretório nacional do União Brasil e amigo de diversas lideranças do partido, como o presidente e o vice, Antonio Rueda e ACM Neto, respectivamente.

OPERAÇÃO OVERCLEAN

Chamada de Overclean, a operação que investiga o empresário visa desarticular uma organização criminosa suspeita de envolvimento em fraudes licitatórias, desvio de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro.

Além de Marcos Moura e Júnior Figueiredo, a operação investiga o vereador eleito Francisco Nascimento, primo do atual líder do União Brasil na Câmara, Elmar Nascimento.

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