A crise de governabilidade forçou a mão do prefeito Sandro Mabel (UB). Após meses de atritos com a Câmara Municipal, o Executivo confirmou que a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2026 será ajustada para garantir R$ 5 milhões em emendas impositivas para cada um dos 37 vereadores – mantendo o patamar de 2025. A concessão é a prova cabal de que o Legislativo, após abrir uma Comissão de Inquérito para investigar o contrato do lixo e aprovar projetos contra a vontade do Paço, conseguiu enquadrar o prefeito. O acordo, costurado pelo novo líder do governo, Wellington Bessa (DC), tenta colocar panos quentes em uma relação que especialistas já classificavam como de “desrespeito” e que ameaçava travar toda a máquina municipal. Mabel, que chegou ao cargo com o apoio de 27 vereadores, aprendeu na marra que, sem o Legislativo, o Executivo não anda. E o preço da paz, ao menos por ora, foi de R$ 185 milhões.




