Câmara Municipal pode investigar obras paradas na capital

Cerca de 40 obras estão paradas em Goiânia, segundo levantamento

O vereador Alysson Lima (PRB) apresentou requerimento que pede a criação de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para investigar os motivos pelos quais várias obras estão paradas em Goiânia. Ele já havia apresentado esse requerimento em novembro,  mas a Procuradoria alertou que não havia “um fato determinante” para a instauração do processo.

Segundo o vereador, cerca 40 obras estão paradas no município. Em boa parte foram abandonadas por empresas, segundo Alysson. As principais obras paradas são o BRT, a UPA da Vila Mutirão, a Casa de Vidro, Marginal Botafogo e a expansão da Marginal Cascavel. Além dessas obras, 13 CMEIs estão parados, todos por abandono de empresas.

“É muito importante investigar isso porque temos muitas obras paradas, que geram muitos prejuízos para a população. Porque uma obra quando volta, volta sempre mais cara”, diz o vereador.

Ele revelou que possui documentos que apontam no mínimo 23 obras paradas. Ele aguarda a procuradoria se manifestar na próxima semana.

Larissa Madalena

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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