Câmara poderá retomar hoje apreciação da reforma política

A Câmara dos Deputados poderá retomar na noite de hoje (30) a apreciação de pontos da reforma política em discussão na Casa. Segundo o presidente em exercício da Câmara, André Fufuca (PP-MA), a retomada das discussões da reforma poderá ocorrer se a sessão do Congresso Nacional for encerrada até as 20h30 e houver acordos para a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 282/16, que acaba com as coligações partidárias e cria a chamada cláusula de desempenho, dentre outras mudanças.

“Estamos esperando o fim da sessão do Congresso para verificar se dá tempo para o prosseguimento da votação da reforma política”, disse André Fufuca, que suspendeu a sessão plenária após concluir a votação dos destaques apresentados à Medida Provisória (MP) 777/17, que cria a Taxa de Longo Prazo (TLP), para a retomada da sessão do Congresso, destinada à votação de vetos presidenciais e do projeto de lei que trata da revisão da meta fiscal para 2017 e 2018. Desde ontem, sessões conjuntas da Câmara e do Senado analisam vetos presidenciais, a fim de limpar a pauta.

O presidente em exercício da Câmara informou que, se não for possível retomar a discussão e votação da reforma política na noite de hoje, isso deverá ocorrer na terça-feira da próxima semana. De origem do Senado, a PEC 282 foi aprovada na semana passada pela comissão especial da Câmara que analisou o mérito dela. Agora, ela precisa ser aprovada em dois turnos de votação por no mínimo 308 votos para então ser novamente votada pelo Senado, uma vez que os deputados estão propondo modificações ao texto aprovado pelos senadores.

Além de propor o fim das coligações nas eleições proporcionais já para o ano que vem, a PEC também prevê cláusula de desempenho para o acesso a recursos do Fundo Partidário e do tempo de rádio e TV na propaganda eleitoral e partidária. Também cria a federação partidária para unir partidos pequenos e institui a fidelidade partidária.

As informações são da Agência Brasil

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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