A Câmara Municipal de Goiânia rejeitou na sessão de hoje (22) o pedido do vereador Alysson Lima (PRB) para que Anselmo Pereira (PSDB) fosse afastado do cargo de presidente do Conselho de Ética da Câmara. Com o placar de 23 a 1 contra o requerimento, o tucano permanece na presidência do Conselho.
Questionado, Alysson declarou que o objetivo não era condenar o vereador, mas sim zelar pela credibilidade da Câmara. “Eu apresentei um requerimento que visa preservar nosso Conselho de Ética. Não existe nada de pessoal, caça às bruxas ou perseguição contra o vereador Anselmo”, alegou o vereador.
Ele argumentou que seu pedido se baseou na ação da promotora Leila Maria de Oliveira, que propôs a cassação e bloqueio de bens do presidente do Conselho de Ética no início de junho. “É incoerente que um vereador com tantas dúvidas sobre a personalidade dele e a condução da presidência da Casa permaneça no conselho de ética”, completa.
Apesar disso, para a maioria dos vereadores, afastar Anselmo do cargo seria condená-lo antes da hora. Desta forma, apenas o autor do pedido votou favorável ao requerimento.
Denúncias
Alysson Lima apresentou o pedido de afastamento de Anselmo Pereira no último dia 7, após o tucano ser denunciado pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO). Segundo a denúncia, o vereador é acusado de mal uso de verbas públicas a partir do programa “Câmara e Governos Juntos de Você”.
Na ocasião, o vereador do PRB afirmou que as denúncias sobre a utilização do projeto da Câmara Itinerante para autopromoção e fins eleitoreiros, quando Anselmo era presidente da Casa, são “gravíssimas”.