Câmeras corporais: investimento federal para PMDF em 2025

Câmeras corporais: quanto custará e quando PMs do DE começarão a usar

PMDF vai receber um recurso do governo federal para comprar câmeras corporais a serem usadas pelos cerca de 10 mil militares da corporação

A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) vai receber um recurso do governo federal para comprar câmeras corporais a serem usadas pelos cerca de 10 mil militares da corporação.

A previsão é que o DF receba por volta de R$ 12 milhões para equipar o efetivo. Os recursos do edital da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) deverão ser liberados a partir do dia 15 de janeiro de 2025.

À DE a PMDF informou que começará a implementar as câmeras corporais ainda no primeiro semestre do ano que vem. A corporação destacou também que o processo licitatório terá início assim que a proposta for avaliada pelo Tribunal de Contas do DF (TCDF).

Os convênios terão duração de até dois anos a partir da data da assinatura, período em que a Senasp realizará avaliações contínuas com base em indicadores que considerarão aspectos como o impacto nas notificações de ocorrências, o uso da força, o treinamento e as denúncias contra policiais militares.

As câmeras corporais deverão ser utilizadas obrigatoriamente em unidades operacionais das polícias militares das capitais ou de municípios com, no mínimo, 100 mil habitantes, conforme dados apurados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no Censo 2022.

PMS DE SP SÃO OBRIGADOS A USAR AS CÂMERAS

Enquanto no DF o processo avança para ser implementado em 2025, em São Paulo os PMs precisarão começar a usar os equipamentos imediatamente. O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, determinou que a tropa paulista use as câmeras corporais em operações. A decisão do ministro veio após pedido da Defensoria Pública do estado.

Barroso também estipulou divulgação de dados, recomposição do número de filmadoras, gravação ininterrupta e apresentação mensal de relatórios pelo Governo de São Paulo.

No mês passado, o presidente do STF havia fixado prazo para que o governo paulista apresentasse informações detalhadas sobre o contrato entre a PM e a empresa fornecedora das câmeras, a Motorola Solutions Ltda. O estado respondeu na última sexta-feira (9/12) e, para Barroso, “os fatos novos relatados apontam para o não cumprimento satisfatório dos compromissos assumidos pelo estado de São Paulo quanto à efetivação da política pública de uso de câmeras corporais pela polícia”.

O ministro destacou três aspectos: o não uso das câmeras pelos policiais e a diminuição do total de câmeras; a ausência de comprovação da viabilidade técnica do novo modelo de gravação e insuficiência na divulgação de informações adequadas sobre o Programa Muralha Paulista; e o uso de câmeras corporais.

AVALIAÇÃO DA SENASP

As unidades da Federação que concorreram ao edital foram Acre, Alagoas, Bahia, Distrito Federal, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Roraima e São Paulo.

Para que as UFs recebam os recursos, as propostas deverão passar por uma avaliação da Senasp, que levará em conta critérios como o volume de ocorrências policiais atendidas e o uso já existente de câmeras corporais. Além disso, cada UF deverá apresentar uma contrapartida financeira mínima, que varia conforme a localidade. Para a Região Centro-Oeste, a contrapartida será de 0,1% do valor total do convênio.

Por fim, a Senasp poderá escolher outras unidades, seguindo os critérios estabelecidos no edital. O saldo restante do recurso destinado à medida será redistribuído para outros estados, com prioridade àqueles com menor número de policiais militares.

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Bala perdida atinge condomínio na zona oeste de São Paulo durante carreata de motos no Natal

Condomínio da zona oeste é atingido por bala perdida na noite de Natal

Grupo realizava carreata de motos pelo bairro Jaguaré na mesma hora em que a
sacada de um condomínio foi atingida por uma bala perdida

São Paulo — Uma bala perdida atingiu a sacada de um condomínio no Jaguaré, na
de São Paulo [https://www.de.com/sao-paulo], na noite dessa
terça-feira (24/12), véspera de Natal, na mesma hora em que motoqueiros
realizavam uma carreata pelo bairro. Ninguém ficou ferido.

A moradora do apartamento atingido informou ao DE que estava em casa e,
do nada, ouviu um estrondo. Só nessa quarta-feira (25/12) ela viu que sua
varanda havia sido atingida por um tiro. Vizinhos relataram que, na mesma hora
em que o disparo aconteceu, jovens haviam saído da periferia para realizar um
“giro de Natal”. Eles se reuniram dando grau e fazendo manobras em suas motos ao
redor do bairro durante a tarde toda. À noite, começaram a dar tiros para o
alto.

A moradora explicou que estava acompanhando a gangue que andava de moto pela
região através uma live no Instagram. Segundo ela, eram cerca de 30 ou 40 motos,
sendo que havia pilotos sem camiseta, sem capacete e veículos sem placa. Em
determinado momento do vídeo, ela diz ter visto um dos motoqueiros roubando uma
moto.

Ao anoitecer, a moradora começou a ouvir fogos e identificou o som de tiros. O
barulho estava longe, mas se aproximando no momento em que ela estava estendendo
roupas perto da sacada. “Do nada, um estrondo aqui na minha sacada, um barulhão.
Meu marido estava dormindo e acordou com o barulho. Eu, na lavanderia, já
agachada, falei para ele sair da varanda”, relatou.

Após ouvirem o estrondo, ela e o marido correram para o quarto e não saíram mais
até o dia seguinte, manhã de Natal, quando viram a marca do tiro. Considerando o
local em que a sacada foi atingida e onde o grupo estava, ela calcula que eles
estavam “atirando para frente, aleatoriamente”.

“Está bem difícil aqui [na região]. Está bem pesado o clima”, desabafou a
moradora. Ela não pretende passar o Réveillon em casa por causa do ocorrido. “A
gente está com medo. Sair na rua, a gente quase não sai.”

A Secretaria da Segurança Pública [https://www.ssp.sp.gov.br/] informou que “até
o momento, a Polícia Civil [https://policiacivil.sp.gov.br/] não localizou o
registro do caso com os dados fornecidos”.

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