BBB: Câmeras devem voltar a fiscalizar trânsito de Goiânia ainda neste semestre

Após cerca de dois anos sem funcionar, a fiscalização de trânsito por videomonitoramento, deverá ser retomada e ampliada ainda neste semestre na Capital. O trabalho foi interrompido quando chegou ao fim o contrato da Prefeitura de Goiânia com uma empresa especializada. Somente agora, uma outra já está se organizando para reiniciar o serviço com câmeras.

O gerente de educação para o trânsito da Secretaria de Mobilidade de Goiânia, Horácio Ferreira, acredita no papel estratégico desse tipo de fiscalização eletrônica. Ele afirma que a reativação do monitoramento em diversos pontos da cidade tem caráter positivo para a sociedade.

“É muito importante para a implementação de políticas públicas. Quando começamos o videomonitoramento na região do Vaca Brava, por exemplo, o maior número de infrações era por estacionar em local proibido, o que atrapalhava o uso da ciclofaixa. Depois, com estudos, nós percebemos que o número de carros estacionados no lado oposto era ainda maior”, diz.

A estrutura montada há cerca de cinco anos foi criada para atender a segurança pública, mas a necessidade de reforçar as ações de prevenção e de medidas educativas voltadas ao trânsito fizeram com que elas recebessem um software para dar conta do serviço. Apesar da paralisação da fiscalização, os equipamentos continuam funcionando e não devem ser substituídos, segundo Horácio. 

Responsável por criar regras para esse tema, o  Conselho Nacional de Trânsito (Conatran) criou uma série de normas no mês passado. Uma delas atualiza os tipos de câmeras que registram as imagens nas vias. Horácio diz que essa normatização valida o trabalho do Poder Público ao aplicar multas, por exemplo. 

Outra regulamentação feita pelo Contran está ligada ao trabalho remoto de agentes de trânsito, ou seja, passa a contemplar as multas online já previstas no Código de Trânsito. Embora supram algumas lacunas, como instalação de placas de sinalização informando a presença de videomonitoramento, as alterações ainda não respondem se a imagem do condutor será usada na notificação ou distância máxima de alcance da câmera.

O videomonitoramento ainda não ocorre em Anápolis. De acordo com a assessoria da Companhia Municipal deTrânsito, Transportes e Serviçoos Urbano (CMTT), existe a intenção de implantar esse sistema de fiscalização, porém ainda não há previsão. “No momento estamos implantando a fibra óptica e novas câmeras”, informaram.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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