Camila Cabello encanta fãs brasileiros com show no The Town e cover de Michel Teló

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Camila Cabello tocou ‘Ai se eu te pego’, dançou funk e gritou ‘gostosa’ em show com voz charmosa no The Town

A cantora americana foi prejudicada por falhas na equalização do som e em seu microfone, mas conquistou fãs de Katy Perry com hits e cover de Michel Teló.

Camila Cabello diz que brasileiras são gostosas

Camila Cabello tocou “Ai se eu te pego”, famosa na voz de Michel Teló, em seu show no The Town. “Me sinto um pouco brasileira… treinei muito meu português para cantar essa música”, explicou.

Prejudicada por problemas técnicos como falhas na equalização do som e em seu microfone, a cantora americana de 28 entregou uma performance aquém de seu talento para o público formado na maioria por fãs da headliner Katy Perry.

Nos dois festivais em que havia cantado no Brasil, Camila contou com participações brasileiras inesperadas. No Z Festival de 2018, farreou com Anitta no palco. No Rock in Rio 2022, voltou a surpreender ao misturar o pop internacional com funk e trap carioca, ao lado de Biel do Furduncinho, Bianca e L7nnon.

Ao vivo, é a voz diferentona a melhor coisa da performance. Vozes gravadas estão por trás da cantoria dela, mas ela solta a voz, sim. Fica bem claro quando o microfone parou de funcionar.

Ela fala bastante em português (“gostosa” parece ser sua palavra favorita) e até arrisca uma dancinha ao som de um trecho de “Tubarão Te Amo”, hit de Dj LK da Escócia, Ryan SP e Tchakabum. A falta de uma banda completa e de arranjos mais inventivos prejudicam a apresentação. Uma pena.

Desde que deixou o girl group Fifth Harmony, em 2016, a cantora viveu uma vida artística com altos e baixos: estreou na carreira solo com o hit pop latino “Havana”, mas depois lançou bons álbuns de diferentes sonoridades sem repetir o sucesso.

O percurso de Camila Cabello sempre foi guiado por seu timbre e forma de cantar incomuns. Fãs de outras popstars tentaram emplacar o maldoso apelido de Ratamilla Cabelo. A alcunha desnecessária não faz sentido: é por meio da voz bem nasalada e charmosa que ela dá personalidade às suas músicas.

A parte em que cantou “Bam Bam” harmonizando com a voz gravada de Ed Sheeran conquistaria o mais mala dos haters.

Camila é a Marina Sena deles. Quem chama uma das duas de Pica-Pau deveria ir a concertos de música clássica e fumar cachimbo, em vez de frequentar shows pop. Música contemporânea interessante pode ser feita com vozes fora do padrão, sobretudo se estão a serviço de estéticas e narrativas igualmente interessantes.

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