Caminhões de empresa danifica bueiro e preocupa população do Perim, em Goiânia

Uma boca de lobo na Avenida Mato Grosso do Sul, no Setor Perim, em Goiânia, voltou a preocupar a população da região. A tampa do bueiro está danificada e já havia sido consertada há cerca de um mês, após o problema ser denunciado pelo Diário do Estado. Entretanto, caminhões de uma empresa de tripas quebraram a proteção da vala dias após ser consertada.

Em entrevista ao DE, o aposentado Ari Machado, explicou que os caminhões passam em cima da estrutura para descarregar no deposito, situação que tem danificado a boca de lobo. Para Ari, o bueiro precisa ser fortalecido com barras de ferro para que não possa afundar e provocar um acidente.

“Não temos condições de fazer isso, já que é um trabalho mais difícil. Vamos ter que pagar um pedreiro para colocar um ferro no bueiro e fazer outra tampa. Não adianta somente fazer outra tampa sendo que os caminhões vão quebrar novamente. Além disso, a empresa não deveria estar dentro da cidade. Os produtos que eles usam estão corroendo as paredes e móveis das casas vizinhas”.

Acidente

A família do aposentado teme acidentes envolvendo a sua tia que possui 70 anos de idade. Ari diz ainda que há um ponto de ônibus em frente a vala e os passageiros tem costume passar pelo local correndo para pegar o transporte público.

“A gente quer que a prefeitura tome providências, a boca de lobo fica em frente a casa da minha tia e ela já tem 70 anos. Os netos e bisnetos dele sempre estão em sua casa, lá em um perigo. Outra preocupação é com os passageiros que pegam ônibus na rua e estão vulneráveis a se acidentar no local”, afirmou.

Nota SEINFRA

“Sobre a boca de lobo danificada, na Avenida Mato Grosso do sul, no Setor Perim, a Secretaria de Infraestrutura Urbana de Goiânia (SEINFRA) informa que dentro de 2 dias enviará uma equipe ao local para realizar o reparo”.  

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp