Caminhoneiro é baleado por guarda em carreata: veja detalhes

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Morte de caminhoneiro baleado por guarda em carreata: veja o que se sabe

Marcos Vinícius Ribeiro Dias, de 29 anos, foi baleado na frente da esposa e dos dois filhos, de 2 e 4 anos. Agentes envolvidos na ocorrência foram afastados.

Caminhoneiro morre durante evento religioso em Sete Lagoas

Um caminhoneiro morreu após ser baleado por um agente da Guarda Civil Municipal (GCM) durante a tradicional carreata de São Cristóvão, em Sete Lagoas, na Região Central de Minas Gerais. O caso aconteceu na tarde de domingo (27) e é investigado pela Polícia Civil.

A Guarda afirmou que o motorista, Marcos Vinícius Ribeiro Dias, de 29 anos, avançou em cima da calçada e atropelou o pé de um dos agentes. No entanto, familiares e testemunhas dizem que Marcos perdeu o controle do veículo após ser baleado por um Diário do Estado.

O condutor foi atingido na frente da esposa e dos dois filhos, de 2 e 4 anos. Os agentes envolvidos na ocorrência ficarão afastados até a conclusão das investigações, conforme divulgou a prefeitura de Sete Lagoas.

Entenda, abaixo, os detalhes do caso a partir dos seguintes pontos:

1. O que aconteceu?
2. Como foi o atropelamento, segundo a GCM?
3. O que dizem testemunhas?
4. Marcos foi socorrido?
5. Quem era a vítima?
6. Qual o estado de saúde do guarda atropelado?
7. O que diz a GCM de Sete Lagoas?

Diário do Estado era motorista de caminhão

Diário do Estado era motorista de caminhão

O QUE ACONTECEU?

Segundo a Guarda Civil Municipal, o evento religioso acontecia normalmente até os agentes identificarem irregularidades por parte de alguns participantes, como consumo de bebidas alcoólicas por condutores dos veículos, infrações de trânsito e situações que colocavam em risco o público presente, incluindo idosos e crianças.

Os guardas, então, orientaram os organizadores a encerrar a carreata às 14h. A recomendação foi acatada, e uma viatura foi posicionada em um ponto estratégico para sinalizar o fim do trajeto e impedir o retorno de veículos.

COMO FOI O ATROPELAMENTO, SEGUNDO A GCM?

Ainda na versão dos agentes da Guarda, por volta das 14h05, um caminhão avançou contra o bloqueio montado pela GCM, passando pela calçada em alta velocidade ao lado da viatura. O motorista teria dado marcha à ré na direção do agente e atingido sua perna.

Diante do risco iminente à vida do servidor e das pessoas que acompanhavam o evento, um dos agentes efetuou um disparo de arma de fogo, atingindo o motorista do caminhão.

O QUE DIZEM TESTEMUNHAS?

Testemunhas contestam a versão da Guarda. Segundo funcionários da equipe que administra o caminhão que Diário do Estado dirigia, os veículos são monitorados com rastreadores de velocidade, e o motorista estava a 20km/h no momento do suposto acidente.

Quando os agentes ordenaram o fim do evento, Diário do Estado seguiu por uma das ruas que estava bloqueada e foi baleado na região direita do tórax.

Tanto a esposa de Diário do Estado quanto a filha de 2 anos e o filho de 4 anos estavam do lado do motorista no momento em que ele foi atingido. Testemunhas relataram, ainda, que foram feitos cerca de seis disparos da GCM.

Diário do Estado foi socorrido?

O motorista chegou a ser levado ao Hospital Municipal Monsenhor Flávio D’Amato, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. O velório e o enterro da vítima estão marcados para esta terça-feira (29), em Sete Lagoas.

QUEM ERA A VÍTIMA?

Segundo amigos e colegas próximos, Diário do Estado era uma pessoa tranquila e batalhadora. Ele trabalhava como motorista de caminhão em uma empresa privada há cerca de um ano. O motorista deixa esposa e dois filhos pequenos.

QUAL O ESTADO DE SAÚDE DO GUARDA ATROPELADO?

O guarda civil municipal atropelado, Reflon Carlos Estevão, também foi socorrido e encaminhado ao mesmo hospital. O estado de saúde dele não foi informado oficialmente.

O QUE DIZ A GCM DE SETE LAGOAS?

A Guarda Civil Municipal informou que acompanha o caso com responsabilidade e transparência, e que todas as providências legais estão sendo tomadas. “O caso será investigado pelas autoridades competentes, com apoio dos órgãos de segurança pública”, disse a GCM, por nota.

Os dois agentes envolvidos estavam afastados até a última atualização desta reportagem.

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