Última atualização 14/10/2022 | 12:07
A campanha do candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entrou com pedido junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que aconteça a manutenção do transporte público gratuito durante o dia 30 de outubro, data da votação do segundo turno. A intenção é evitar que o índice de abstenção aumente ainda mais.
Lula x Bolsonaro no transporte público
No início de outubro, pouco antes da votação do primeiro turno nas Eleições 2022, a campanha de Bolsonaro (PL) solicitou que o TSE limitasse o transporte gratuito. O ministro Benedito Gonçalves classificou como “absurda” a solicitação.
Apesar disso, não havia a obrigatoriedade de que os municípios fornecessem o transporte sem custos no dia do pleito, por se tratar apenas de uma recomendação. No entanto, as cidades que já ofereciam esse serviço na data das eleições não poderiam interromper a medida.
Agora, de olho na votação do segundo turno, a campanha de Lula se movimentou para tornar possível a gratuidade do transporte. “Inviabilizar ou, até mesmo, dificultar que a população exerça o direito ao voto enseja em grave violação aos direitos políticos, gerando, por consequência, interferência no processo eleitoral”, disse a defesa do ex-presidente.
No primeiro turno, a abstenção foi de 20,9% do total, ou seja, mais de 32 milhões de eleitores não foram às urnas. Em entrevista ao DE no dia 21 de setembro, o professor Marcos Marinho afirmou que as abstenções poderiam ser prejudiciais ao candidato petista. “Eu penso que é mais possível afetar o Lula. O eleitor do Bolsonaro, com expectativa de derrotar o PT e o Lula, ele é mais aguerrido”, avaliou.
Em Goiânia, houve o transporte público gratuito na data do primeiro turno, em 2 de outubro. Portanto, o mesmo acontecerá no segundo.
