Última atualização 03/10/2024 | 16:38
A raiva é uma doença infecciosa viral aguda grave que acomete mamíferos, incluindo humanos, e é de extrema importância para a saúde pública devido à sua letalidade quase total. No Brasil, o Ministério da Saúde e various prefeituras municipais têm realizado campanhas de vacinação antirrábica para controlar e prevenir a disseminação da doença. Neste artigo, vamos explorar a importância da vacinação antirrábica, como as campanhas estão sendo realizadas e o que você precisa saber para proteger seus animais e a comunidade.
A raiva é uma doença infecciosa que afeta o sistema nervoso central e é altamente letal tanto para animais quanto para humanos. A transmissão ocorre pela saliva de mamíferos infectados, por meio de mordidas, arranhões, lambidas ou machucados.
A vacinação é a melhor forma de prevenção e controle da raiva. No Brasil, as campanhas nacionais de vacinação contra raiva canina tiveram início em 1973, e nos últimos 30 anos, houve um controle significativo e redução nas taxas de mortalidade por raiva humana. Desde 2015, não há registros de casos humanos mediados por cães no país.
As campanhas de vacinação antirrábica são realizadas anualmente em todo o Brasil. O Ministério da Saúde investiu aproximadamente R$ 35 milhões para a aquisição da vacina animal, com a expectativa de imunizar 28 milhões de cães e gatos em todas as Unidades Federadas. Essas campanhas incluem vacinação de rotina, bloqueio de foco e campanhas específicas em 22 estados e no Distrito Federal.
Em nível municipal, cidades como Goiânia e Betim também estão realizando campanhas intensivas. Em Goiânia, a campanha ocorreu de 14 a 21 de setembro, com postos de vacinação definidos em várias regiões da cidade. Em Betim, a campanha começou no final de agosto e se estendeu até o início de setembro, com o objetivo de vacinar cerca de 40 mil animais.
Cães e gatos com suspeita de raiva apresentam mudanças de comportamento, como agressividade, auto-ataque, cansaço e reclusão em locais escuros. Além disso, eles podem apresentar sintomas como salivação espessa e excessiva, paralisia, falta de apetite, hidrofobia, fotofobia e dilatação das pupilas.
Se houver suspeita de infecção por raiva, a população deve acionar o Centro de Controle de Zoonoses e Endemias (CCZE) para uma observação clínica do animal. Pessoas que sofrerem agressão de animais com suspeita de raiva devem procurar rapidamente atendimento médico.
Em caso de acidentes por mordedura ou arranhadura de cães e gatos, é crucial lavar o ferimento com água e sabão e procurar orientação médica imediatamente. Identificar o animal agressor e seu proprietário também é essencial. Se o animal for conhecido, deve ser observado por 10 dias. Caso o animal não tenha dono, desapareça, adoeça ou morra, é necessário procurar orientação com o Centro de Controle de Zoonoses.
As campanhas de vacinação antirrábica têm um impacto significativo na saúde pública. A vacinação massiva contra a raiva canina e felina tem resultado na ausência de casos em cães pelas variantes do vírus 1 e 2 há mais de sete anos no Brasil. Além disso, a redução nos casos de raiva humana transmitida por esses animais é notável, com o último caso humano mediado por cães registrado há oito anos.