Campanha LGBTQIA+ gera discussões na Câmara de Goiânia

O prefeito Rogério Cruz e o secretário de Finanças Geraldo Lourenço foram convidados para a audiência

Um dia após o Dia do Orgulho do LGBTQIA+, comemorado  Na segunda-feira (28), uma sessão plenária da Câmara Municipal de Goiânia foi marcada por discussões sobre o assunto. Por quase uma hora, onze vereadores se manifestaram sobre o tópico após Thialu Guiotti (Avante) criticar à campanha da franquia Burger King lançada na última semana em homenagem à comunidade.

O argumento utilizado pelo vereador foi a indignação quanto a utilização de crianças na campanha. “Uma coisa é respeitar o que cada indivíduo faz com a sua sexualidade, e eu respeito. Tenho conhecidos, amigos, homens e mulheres que são homossexuais. Os respeito e temos uma boa convivência, mas não venham querer usar as crianças do nosso país, de 4, 5 anos de idade, induzindo ao homossexualismo como se isso fosse normal, não é normal”, declarou Thialu.

“Deus não criou homem, mulher e um triangulo para quando no futuro se decida. Deus criou o homem e a mulher”, afirmou Cabo Senna, em complemento a Thialu. A vereadora do Democracia Cristã, Gabriela Rodart, reproduziu o vídeo com parte do discurso da ativista Angela Davis durante o Seminário Internacional Democracia em Colapso, realizado em 2019.

“Não estou falando dos homossexuais, estou falando de um movimento que usa das pessoas como manobra e capital político. Toda revolução é um ato contra a ordem, a beleza, a bondade e a verdade. Se nós amamos nossos irmãos e nossa pátria, temos o dever moral de lutar contra tudo que fere os princípios fundamentais ao sustento da nossa civilização. A família é a base da sociedade. Se a gente não tem a família em ordem, sai de lá a negligência do homem e a sexualização da mulher”, argumentou a vereadora.

Outros vereadores, por outro lado, como Aava Santiago (PSDB), Lucíula do Recanto (PSD), Marlon (Cidadania) e Mauro Rubem (PT), se pronunciaram contra as falas da maioria em plenário e pediram respeito à comunidade LGBT.

Como membro da Comissão de Direitos Humanos, Marlon (Cidadania), ressaltou a importância do debate, lamentou os atos de violência que são realizados contra a comunidade e relembrou o requerimento que realizou pela da criação de políticas públicas e de um Conselho Municipal LGBTQIA+ em Goiânia. “Infelizmente, nosso país é preconceituoso e machista, e isso não é brincadeira”, disse.

Em complemento, Lucíola afirma ter crescido em um lar onde foi muito informada sobre tudo, inclusive sobre a homossexualidade. “Agradeço muito a Deus, porque meus pais e avós me ensinaram a respeitar o ser humano independente de sua particularidade e opção sexual. Aprendi a amar, respeitar e a não questionar”, opinou a vereadora.

“Nossa casa de leis, independente da opinião, deve ter mais empatia a quem sofre e aos menos favorecidos. E nesse grupo, todos os LGBTQIA+ sofrem muito em nossa sociedade, e ninguém deve sofrer por amar”, concluiu o vereador Marlon. A sessão foi encerrada por falta de quórum.

Confira o vídeo da campanha: 

 

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Polícia pede exumação de ex-marido de mulher que fez bolo em confraternização e matou três pessoas

Polícia Pede Exumação de Ex-Marido de Mulher do Bolo

A Polícia Civil de Torres, no interior do Rio Grande do Sul, está investigando um caso grave envolvendo a morte de três pessoas e a internação de outras duas após o consumo de um bolo preparado por uma mulher. A polícia solicitou a exumação do ex-marido da suspeita, buscando esclarecer as circunstâncias da morte dele.

A mulher, conhecida como a ‘mulher do bolo,’ preparou o bolo que, segundo as investigações, continha substâncias tóxicas. O incidente resultou na morte de três pessoas e na hospitalização de duas outras. A polícia está trabalhando para determinar se há uma conexão entre a morte do ex-marido e o incidente com o bolo envenenado.

Segundo a polícia, o marido da suspeita morreu em setembro por intoxicação alimentar e a morte não foi identificada pois foi considerada como ‘causa natural’.

Bolo envenenado

A confraternização familiar aconteceu na última segunda-feira, 23. Após o consumo do alimento, uma criança e quatro mulheres foram internadas no Hospital Nossa Senhora dos Navegantes com sintomas de intoxicação alimentar.

Na madrugada de terça-feira, 24, duas delas morreram e, na manhã do mesmo dia, outra pessoa morreu. As vítimas foram identificadas como Maida Berenice Flores da Silva, 58 anos, e Tatiana Denize Silva dos Santos, 23 anos, vítimas de parada cardiorrespiratória. A terceira pessoa foi identificada como Neuza Denize Silva dos Anos, de 65 anos, mãe de Tatiana e irmã de Maida, que morreu vítima de pós-intoxicação alimentar.

Segundo a polícia, os corpos foram enviados para necropsia no Instituto-Geral de Perícia (IGP) para investigação de causa de morte. Os alimentos recolhidos também passaram por perícia.

“Nós temos informações, inclusive, que tinha uma maionese lá que estava vencida há um ano. Havia, de fato, produtos vencidos na residência. Foi encontrado um frasco, um remédio, que não é tarja preta, que dentro dele deveria haver cápsulas e não havia cápsulas. Havia um líquido branco. E esse líquido branco será periciado também”, explicou o delegado Marcos Vinícius Velho.

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