Campanha para prefeito recomeça em Iaciara nesta quarta, 25; entenda

iaciara

Os eleitores de Iaciara terão pouco mais de uma mês para escolherem outro prefeito para a cidade. O atual e vice tiveram os diplomas cassados por terem usados “laranjas” para justificar doações de origem não identificada ou de fonte vedada. Os nomes eram de servidores municipais. A campanha eleitoral começa nesta quarta-feira, 25, e a votação será em 5 de março. O município tem 5.993 pessoas aptas a votar.

 

Na representação do Ministério Público Eleitoral (MPE) feita ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) em 2021, os promotores destacaram que a prestação de contas dos eleitos em Iaciara como prefeito, Haicer Sebastião Pereira Lima, e do vice, Marcos Pereira de Macedo, foi desaprovada por diversas irregularidades. Eles afirmaram que  funcionários da prefeitura doaram  R$ 48.140,00 em apenas nove dias, além de ter sido detectada a padronização de valores, dias e horários em 47 dos 52 depósitos recebidos. 

 

Em Cachoeira Alta, uma situação parecida pode desencadear novas eleições municipais. O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes decidiu suspender a realização de novo pleito na cidade até o julgamento final do Recurso Especial pelo TSE.

 

Legislação

 

O Código Eleitoral prevê a realização de eleições suplementares em três casos por determinação da Justiça Eleitoral: indeferimento do registro, cassação do registro ou diploma (como no caso de Iaciara), ou perda de mandato de candidato mais votado em pleito majoritário, independentemente do número de votos obtidos por ele.

 

A nova eleição poderá ocorrer de forma indireta, se a vacância do cargo ocorrer a menos de seis meses do final do mandato. Ou de forma direta, nos demais casos e deve ocorrer durante o período do mandato da eleição de referência.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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