Campanha Setembro Verde alerta para a doação de órgãos

O mês da primavera, setembro, se colore de verde para informar, conscientizar e incentivar as famílias a autorizarem a doação de órgãos em favor do próximo. É o Setembro Verde, celebrado internacionalmente para lembrar a importância dos doadores de órgãos para diminuir a espera das pessoas que precisam de um órgão ou tecido para sobreviver.

Em Goiás, a celebração tem início no dia 3 de setembro, às 8h, com solenidade no auditório Dr. Luiz Rassi, no Hospital Estadual Geral de Goiânia Dr. Alberto Rassi (HGG). Em 27 de setembro comemora-se o Dia Nacional do Doador de Órgãos.

CRESCIMENTO DE DOAÇÕES

O número de doações efetivas de múltiplos órgãos no Estado saltou de 17, em 2010, para 71, no ano passado – mais de 400% de aumento –, segundo dados da CNCDO. Esse resultado deve-se, segundo a Central, ao constante trabalho de capacitação das equipes de saúde e aos exigentes cuidados fornecidos aos pacientes antes, durante e após o diagnóstico de morte encefálica (ME), em conformidade com a legislação – o que tem proporcionado maior segurança para a realização do diagnóstico, por parte dos médicos, e maior confiança dos familiares.

Ao ampliar as captações, houve natural crescimento dos transplantes, tanto que em 2017 foi alcançado o maior número de transplantes renais de toda a série histórica (114) e o maior número de transplantes de córnea (1.037). Por consequência, Goiás tornou-se o maior transplantador de córnea por milhão de pessoas no País.

Apesar dos avanços, ainda existe uma extensa lista de espera. Atualmente, conforme dados da Central, 264 pessoas aguardam por um transplante de rim em Goiás. Outras 62 esperam por um transplante de córnea. O gerente da CET destaca que quanto mais as pessoas forem orientadas e comprometidas com as doações, maiores oportunidades de ofertas de órgãos, tecidos e partes do corpo, e, consequentemente, maiores serão os números de transplantes.

COMO DOAR

No Brasil, para ser doador não é necessário deixar nada por escrito, em nenhum documento. Basta comunicar sua família do desejo de doar.

Mas por que o evento Setembro Verde? Entre muitos meses, a adoção da cor verde foi natural, pois é adotada para simbolizar a saúde e também a esperança e a liberdade. Um misto de símbolos perfeitamente adequados para reverenciar uma data especial, uma data destinada a agradecer o altruísmo e o amor ao próximo, demonstrado pela figura do doador de órgãos.

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Jovem baleada por PRF na véspera de Natal tem estado de saúde atualizado

Jovem Baleada por PRF na Véspera de Natal: Estado de Saúde Atualizado

O Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes atualizou o estado de saúde de Juliana Leite Rangel, baleada por um PRF na véspera de natal. Em entrevista ao Globonews, o médico Maurício Mansur, responsável pelos cuidados com a vítima, informou que o caso é “extremamente grave” e que ela está “estável”.

“É importante lembrar que se trata de um caso grave e que, neste momento, não é possível falar sobre sequelas ou qualquer outra consequência. Estamos, na verdade, focados em um tratamento para salvar a vida dela.”, disse o médico.

A jovem está em coma induzido no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do hospital, no Rio de Janeiro. Segundo a equipe médica, o tiro pegou de raspão próximo à orelha esquerda, o que causou lesões no crânio da vítima e grande perda de sangue.

O médico também informou que a família de Juliana solicitou a transferência da paciente para um hospital particular, mas o pedido foi negado por ele devido a riscos à saúde dela.

Entenda o caso

De acordo com relatos, a jovem estava em um veículo quando os agentes da Polícia Rodoviária Federal realizaram a abordagem. A vítima estava indo passar a véspera de natal com a família em Niterói e estava acompanha da mãe, do pai e do irmão mais novo. Além dela, o pai também foi baleado de raspão no dedo.

“Olhei pelo retrovisor, vi o carro da polícia e até dei seta para eles passarem, mas eles não ultrapassaram. Aí começaram a atirar, e falei para os meus filhos deitarem no assoalho do carro. Eu também me abaixei, sem enxergar nada à frente, e fui tentando encostar. O primeiro tiro acertou nela. Quando paramos, pedi para o meu filho descer do carro, então olhei para Juliana: ela estava desacordada, toda ensanguentada, tinha perdido muito sangue. Eles chegaram atirando como se eu fosse um bandido. Foram mais de 30 tiros”, falou o pai da jovem.

Uma investigação foi aberta pelo Ministério Público Federal e o caso foi condenado pelo superintendente da PRF no Rio de Janeiro, Vitor Almada, que relatou que os agentes se aproximaram do veículo após ouvirem tiros e deduziram que vinha do veículo, descobrindo depois que havia cometido um grave erro.

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