Campeão argentino recebe prêmio menor que vencedor da Série B do Brasil: disparidade de premiações no futebol

Vélez Sarsfield, o campeão argentino, recebeu uma premiação consideravelmente menor do que o campeão da Série B do Brasil. Após conquistar o 11º título do Campeonato Argentino ao derrotar o Huracán por 2 a 0, o clube argentino recebeu um cheque no valor de 500 mil dólares, o equivalente a R$ 3 milhões. Essa quantia é 16 vezes menor do que o prêmio recebido pelo vencedor do Brasileirão. Enquanto o Vélez garantiu 500 mil dólares, o Santos ficou com 500 mil reais a mais por conquistar a segunda divisão do futebol brasileiro.

Em uma comparação mais abrangente, é possível observar as discrepâncias entre as premiações dos campeonatos de diversos países. O valor recebido pelo Vélez Sarsfield pela conquista do Campeonato Argentino é significativamente inferior ao prêmio recebido pelos vencedores de outras competições nacionais. Além disso, o montante é bem abaixo do valor pago aos clubes brasileiros, como o Botafogo, que levou R$ 48 milhões pelo título do Brasileirão, quase 16 vezes mais do que o clube argentino.

No cenário internacional, a diferença nas premiações também é evidente. Por exemplo, o Flamengo recebeu 18 milhões de dólares pela Copa do Brasil, um montante muito superior ao prêmio dado ao Vélez Sarsfield pelo título do Campeonato Argentino. Essa disparidade nas cifras levanta questões sobre a forma como as premiações são distribuídas nos diferentes campeonatos e a valorização do futebol em cada país.

A questão das Sociedades Anônimas de Futebol (SAFs) também é um ponto de destaque nessa discussão. Enquanto no Brasil as SAFs são liberadas e incentivadas, na Argentina esse modelo de clubes-empresas não é permitido. A pressão da Associação de Futebol Argentino (AFA) contra os investimentos externos no futebol do país pode contribuir para a baixa premiação oferecida aos clubes campeões do Campeonato Argentino.

A implementação de mudanças nas estruturas do futebol argentino, como a possível adoção das SAFs, poderia revolucionar o cenário esportivo no país e atrair mais investimentos. Enquanto isso, o Vélez Sarsfield e outros clubes argentinos continuam a enfrentar desafios em relação às premiações, que não condizem com o valor e a importância das competições que disputam. A busca por equidade e valorização no futebol é uma pauta cada vez mais presente nas discussões sobre o esporte.

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Carta de Prestação de Contas de Landim: Balanço de Seis Anos à Frente do Flamengo

Landim publica carta com prestação de contas da sua gestão no Flamengo

Documento foi enviado aos sócios do clube; presidente encerra mandato neste dia 31

Neste dia 24 de dezembro, a poucos dias do fim do mandato, o presidente Rodolfo Landim publicou uma carta com a prestação de contas de seus seis anos à frente do clube. Seu primeiro mandato foi entre 2019 e 2021. Ele conseguiu a reeleição para o triênio 2022-2024. O documento foi elaborado e divulgado por Landim aos associados do clube.

Em nota, Landim fez um balanço do que foi realizado, citando os resultados financeiros e o patrimônio deixados para o novo presidente, Luiz Eduardo Baptista, o Bap.

O atual mandatário relembrou o ciclo vitorioso esportivo no primeiro triênio, além de reforçar os resultados financeiros dos últimos três anos.

O Flamengo superou R$ 1 bilhão em receita recorrente bruta por três anos consecutivos. Em 2022, bateu R$ 1,043 bilhão; em 2023, bateu R$ 1,071 bilhão; e vai encerrar a gestão com R$ 1,194 bilhão.

Ainda em documento, o presidente apontou a evolução do patrimônio líquido e uma diminuição na dívida bancária (veja os gráficos abaixo). Segundo os números, a gestão assumiu o clube com R$ 65 milhões de patrimônio líquido e vai entregar com R$ 692 milhões.

Landim vai encerrar o mandato com 13 títulos conquistados: quatro Cariocas (2019, 2020, 2021 e 2024), dois Brasileiros (2019 e 2020), duas Copas do Brasil (2022 e 2024), duas Libertadores (2019 e 2022), uma Recopa (2020) e duas Supercopas (2020 e 2021).

A situação tentou emplacar Rodrigo Dunshee, atual vice-presidente geral e jurídico, como sucessor de Landim. Mas a chapa foi derrotada por ampla maioria pelo principal nome da oposição: Luiz Eduardo Baptista. Bap teve 1.731 votos e Dunshee 1.166 votos.

Leia parte da carta de encerramento

“Como mostrado anteriormente, hoje entregamos o Flamengo com receitas recorrentes acima de R$1,19 bilhão, quase o dobro do valor corrigido de 2018, quando recebemos o Clube, e forte geração de caixa, de mais de R$200 milhões/ano, fruto das altas margens operacionais resultantes de nossa gestão.

O Flamengo jamais esteve tão preparado e tão sólido em toda sua história para enfrentar os desafios que terá pela frente. Resta desejar boa sorte e continuado sucesso à nova equipe que assumirá a gestão do Clube a partir do início de janeiro do próximo ano”

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