Campinas: História da Escravidão e Desafios na Construção de uma Sociedade Inclusiva

Campinas, uma cidade histórica do interior de São Paulo, teve um passado marcado pela escravidão. Em 1872, de acordo com o 1º Censo do Brasil, quatro em cada 10 moradores de Campinas eram escravizados. Como um dos principais centros econômicos do país à época, a cidade contava com o maior número de escravizados da província de São Paulo, enfrentando estigmas do racismo estrutural e cultural que ainda perduram.

A pesquisa oficial populacional realizada em 1822, 50 anos após a independência do Brasil, revelou uma população de quase 10 milhões de habitantes, sendo 15,2% deles escravizados. Na cidade de Campinas, a porcentagem era ainda maior, com 43,6% da sua população de 31.397 moradores composta por homens e mulheres escravizados. Esse período deixou marcas que reverberam até os dias atuais, contribuindo para a existência do racismo estrutural e cultural na sociedade.

Para compreender os impactos desse passado escravocrata, pesquisadores como Maísa Faleiros da Cunha, Matheus Gato e Edna Almeida Lourenço foram entrevistados pela EPTV, afiliada da Rede Globo. Eles ressaltaram a importância de compreender o legado da escravidão, que perpetuou estigmas e desafios para a população negra, mesmo após a abolição, destacando a exclusão social e o preconceito enfrentados pelas pessoas livres que eram marginalizadas.

Em 1872, Campinas contava com 156.612 escravizados, representando 18,7% da população total da província de São Paulo. Nenhum outro lugar da província tinha tantos escravizados quanto a metrópole campineira. Dividida em duas freguesias, Nossa Senhora da Conceição e Nossa Senhora do Carmo e Santa Cruz, a cidade apresentava um cenário onde até entre a população livre, a negritude sofria com marginalização.

Após a abolição da escravatura em 1888, os desafios enfrentados pela população negra se intensificaram, com a ausência de políticas de inserção e a manutenção de barreiras sociais e econômicas. A professora de história Edna Almeida destaca a dificuldade enfrentada pelos libertos no dia seguinte à abolição, apontando a falta de moradia, educação e alimentação como problemas estruturais que persistem até hoje.

O legado da escravidão em Campinas e no Brasil é um tema que deve ser debatido e compreendido, não apenas como parte da história, mas como um reflexo do presente. A abolição não significou a libertação plena e igualdade de oportunidades para a população negra, mas sim a continuidade de desafios estruturais que precisam ser enfrentados e superados para construir uma sociedade mais inclusiva e equitativa.

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Empresário em São José do Rio Preto tem casa invadida e perde R$100 mil em furto: dicas de segurança para prevenir crimes

No último sábado (23), um empresário residente no bairro Nova Redentora, em São José do Rio Preto (SP), foi vítima de um furto em sua própria casa. O homem saiu de manhã e, ao retornar à tarde, encontrou a residência arrombada. Segundo informações do boletim de ocorrência, a porta de entrada estava violada, assim como a porta do quarto do empresário.

Ao acionar a polícia, a vítima relatou que os ladrões levaram um televisor de 55 polegadas e uma quantia de aproximadamente R$ 100 mil que ele guardava no closet do dormitório. O dinheiro estava dividido em pacotes dentro de sacolas plásticas e de papelão. A Polícia Militar constatou que o trilho do portão eletrônico também estava danificado, indicando que os criminosos tiveram acesso à propriedade de forma não autorizada.

A Polícia Técnica foi acionada para realizar a perícia no local do crime e a Polícia Civil irá investigar o furto. O empresário está colaborando com as autoridades para tentar identificar os responsáveis pelo crime. Este tipo de situação gera grande impacto emocional e financeiro para as vítimas, que se sentem invadidas em sua própria segurança e privacidade.

É importante que os moradores estejam sempre atentos à segurança de suas residências, tomando medidas preventivas como instalação de sistemas de alarme, câmeras de segurança e sempre trancar portas e janelas ao sair de casa. Além disso, é fundamental que a população denuncie atitudes suspeitas às autoridades locais, contribuindo para a prevenção de crimes e a manutenção da segurança na comunidade.

A região de São José do Rio Preto é conhecida pela sua qualidade de vida e segurança, portanto, é importante que os casos de furto sejam investigados e os responsáveis sejam responsabilizados. A colaboração da população é essencial para fortalecer o trabalho das forças de segurança e garantir um ambiente seguro e tranquilo para todos os cidadãos. Que situações como essa sirvam de alerta para a importância da prevenção e do combate à criminalidade.

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