Intoxicação por metanol: nova lei em Campinas obriga hospitais e clínicas a notificar casos em 24h
Recentemente, o prefeito de Campinas (SP), Dário Saadi (Republicanos), sancionou uma nova lei com o objetivo de obrigar estabelecimentos de saúde, sejam eles públicos ou privados, a reportarem casos de intoxicação por metanol em até 24 horas após o atendimento. Tal medida foi devidamente publicada no Diário Oficial desta segunda-feira (3) e vai além, determinando que essas unidades também tenham a obrigação de acionar os órgãos de segurança pública.
O metanol é um tipo de álcool normalmente utilizado na indústria, em solventes e outros produtos químicos, se ingerido, é extremamente perigoso. Inicialmente, ele ataca o fígado e, transformado em substâncias tóxicas, pode comprometer a medula, o cérebro e o nervo ótico, podendo causar cegueira, coma e até a morte. Além disso, pode gerar complicações pulmonares e renais. Para conscientizar e alertar a população sobre os perigos do consumo de metanol, a nova lei também determina ações de comunicação em saúde para dar visibilidade a esses riscos.
A lei sancionada em Campinas ainda estabelece que a Secretaria de Saúde, em conjunto com o Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox) local, sejam responsáveis por fornecer orientações técnicas, incluindo a forma correta de notificar os casos de intoxicação, o tratamento a ser prestado às vítimas, a investigação epidemiológica necessária e as medidas de comunicação em saúde.
Aqueles que descumprirem a lei estão sujeitos a sanções administrativas. É importante ressaltar que a intoxicação por metanol já causou nove mortes confirmadas no estado de São Paulo, além de 46 casos confirmados. As vítimas são compostas por pessoas de diversas idades e cidades, como Ricardo Lopes Mira, Marcos Antônio Jorge Júnior, Marcelo Lombardi, Bruna Araújo, Daniel Antonio Francisco Ferreira, Leonardo Anderson, Cleiton da Silva Conrado, Rafael Anjos Martins e Jhenifer Carolina dos Santos Gomes.
No entanto, outras 459 suspeitas foram descartadas, enquanto nove casos ainda estão em investigação, incluindo dois óbitos. A nova lei em Campinas visa minimizar os riscos e as consequências trágicas da intoxicação por metanol, promovendo a saúde e a segurança da população. Portanto, a notificação e o tratamento adequado desses casos são fundamentais para evitar complicações graves. A conscientização sobre os perigos do metanol é essencial para prevenir novas ocorrências e preservar vidas.
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