Campinas: Um ano após tragédia, moradores cobram ações contra enchentes

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Um ano após a morte de uma jovem em uma trágica enxurrada na cidade de Campinas, moradores locais estão exigindo ações concretas para prevenir futuras enchentes na Avenida Sylvio Moro. A Prefeitura tomou medidas como a instalação de guard rails e sinalizações após o incidente, porém, os residentes alegam que tais intervenções não são suficientes para resolver o problema recorrente de alagamentos na região.

O falecimento de Sara Gabrielli de Souza Silva, uma jovem de 18 anos arrastada pela força das águas durante um temporal na Avenida Sylvio Moro em Campinas, completa um ano. Após esse trágico acontecimento, a Prefeitura da cidade implementou defesas complementares de concreto, guard rails e novas placas de sinalização no local onde a jovem foi levada pela enxurrada.

Contudo, os moradores locais enxergam essas mudanças como medidas direcionadas apenas ao tráfego veicular, não sendo suficientes para prevenir novas enchentes. Júlio César, que reside em frente ao local da tragédia, afirma que o risco de alagamento ainda persiste. Ele destaca que embora tenham melhorado o trânsito na região, a questão das enchentes permanece um problema grave e desafiador.

A mãe de Sara, Eliane Fátima de Souza, expressa seu sentimento de abandono um ano após a tragédia. Para ela, a Prefeitura simplesmente fez “uma gambiarra” na área afetada e não tomou medidas efetivas para evitar futuros desastres. Eliane também critica a falta do apoio psicológico prometido pela administração municipal, ressaltando a ausência de contato ou acompanhamento por parte da prefeitura desde então.

Diante das críticas e cobranças dos moradores e familiares das vítimas, a Prefeitura de Campinas respondeu por meio de nota, informando que havia oferecido suporte à família de Sara, mas que esta optou por buscar atendimento psicológico na rede privada. Além disso, a administração afirmou que está realizando estudos para melhorar a região do córrego Piçarrão e implementando ações para reforçar as defesas metálicas, instalar sinalizações de alerta e limpar os pontos de alagamento.

O município também destaca a construção de oito piscinões como parte de um plano antienchentes, com previsão de entrega para os próximos anos. Além das obras físicas, a Prefeitura implementou painéis informativos sobre áreas de risco, monitoramento de pontos de alagamento e uma operação preventiva chamada Chuvas de Verão, que acontece anualmente durante o período chuvoso.

O triste episódio da morte de Sara Gabrielli ainda ecoa na memória dos moradores de Campinas, reforçando a necessidade de medidas eficazes para prevenir enchentes e proteger vidas. Enquanto as discussões e ações continuam, a comunidade local segue exigindo responsabilidade e comprometimento das autoridades para evitar que tragédias como essa se repitam no futuro.

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