Canadense é suspeito de estar ligado a mais de 100 suicídios; entenda

As autoridades do Canadá e do Reino Unido estão conduzindo investigações relacionadas a mais de 100 mortes suspeitas de envenenamento, inicialmente classificadas como suicídios. Esses casos estão supostamente ligados às atividades de Kenneth Law, um canadense de 57 anos acusado de comercializar um sal tóxico.

Law é apontado como o responsável por liderar um conjunto de empresas que enviou aproximadamente 1,2 mil pacotes contendo essa substância para pessoas em 40 países, em resposta a pedidos feitos pela internet.

A polícia do Canadá agora está acusando Kenneth Law de auxiliar no suicídio de 14 pessoas, um número que pode aumentar à medida que as investigações sobre as atividades de Law prosseguem tanto no Canadá quanto no Reino Unido. No país de origem, as autoridades afirmam que Law enviou pelo menos 160 pacotes. Ele enfrenta acusações relacionadas a aconselhamento ou assistência ao suicídio. As vítimas tinham idades compreendidas entre 16 e 35 anos.

No Reino Unido, estão em curso investigações sobre a morte de 88 entre as 272 pessoas que adquiriram nitrato de sódio, um sal utilizado como conservante de alimentos, por meio do site de Kenneth Law. Um porta-voz da Agência Nacional de Crimes do Reino Unido confirmou essa informação.

Até o momento, o canadense não enfrentou acusações formais, mas compareceu ao tribunal na última quarta-feira, 26, com a próxima audiência marcada para 31 de outubro.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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