Cancelamento de Milly Lacombe na Flim: debate sobre liberdade de expressão e diversidade na sociedade

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Não poder participar de uma feira literária é uma derrota para todos que lutam por um mundo da livre expressão, afirma Milly Lacombe, jornalista e escritora renomada. A participação dela na Flim, a Festa Litero Musical de São José dos Campos, foi cancelada após o tumulto causado por uma entrevista em que abordou o conceito de família. Em um vídeo postado nas redes sociais, Milly expôs que recebeu ameaças de extremistas, tornando sua presença no evento um risco à sua segurança.

Milly Lacombe revelou que o convite para participar da feira literária era uma oportunidade para debater temas significativos ao lado de amigos como Cuti e Xico Sá, porém, a distorção de suas palavras em um podcast gerou uma reação negativa, utilizada pela extrema-direita para ameaçá-la. Essa situação levou ao cancelamento de sua participação na Flim, ressaltando a importância da luta por um mundo onde a livre expressão seja valorizada e protegida.

A jornalista compartilhou um pouco de sua história pessoal, evidenciando as dificuldades enfrentadas por indivíduos LGBTQIAP+ na sociedade e na própria família. Ela enfatizou a importância da inclusão e do respeito a todas as formas de expressão e identidade, destacando a relevância de acolher as crianças LGBT+ e construir um ambiente mais diverso e acolhedor para todos.

Após o cancelamento da participação de Milly Lacombe na Flim, Xico Sá e a equipe de curadoria do evento também decidiram se retirar em protesto contra a censura sofrida pela jornalista. A atitude da Prefeitura de São José dos Campos em vetar a presença de Milly gerou revolta, demonstrando a importância de debater e compreender diferentes perspectivas em um ambiente cultural.

A decisão de cancelamento da participação de Milly Lacombe na Flim gerou grande repercussão, levando ao abandono da festa por parte de Xico Sá e da equipe de curadoria. A situação desencadeou debates sobre censura, liberdade de expressão e respeito à diversidade de opiniões na sociedade. A organização do evento e a jornalista buscaram preservar a integridade de todos os envolvidos na controvérsia.

A Associação para o Fomento da Arte e da Cultura (AFAC), gestora da Flim, respeitou a decisão do coletivo curatorial de abandonar o evento e reafirmou seu compromisso em promover a cultura, a música e a literatura na região. A polêmica em torno do cancelamento da participação de Milly Lacombe ressalta a importância de respeitar e proteger a liberdade de expressão e o debate saudável em eventos culturais.

Em meio a toda a controvérsia, Milly Lacombe lamentou a situação e reforçou seu compromisso com a luta por um mundo mais justo e igualitário. A jornalista destacou a importância de compreender a família como um núcleo de amor, respeito e diversidade, enfatizando que a cultura e a literatura podem ser catalisadores de mudanças sociais e de diálogo entre diferentes visões. A batalha por um mundo mais inclusivo e respeitoso continua, mesmo diante dos desafios enfrentados.

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