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“Câncer de pele é o câncer de maior incidência no mundo”, alerta dermatologista

O mês de dezembro é dedicado ao combate do câncer de pele, e a cor laranja foi escolhida para representar a data. Por conta disso, o Diário do Estado conversou, nesta quarta-feira, 9,  com a dermatologista, Drª Camila Orlando, para esclarecer as dúvidas sobre a doença. “Sem dúvida nenhuma é o câncer de maior incidência no mundo”, começa a profissional. “No Brasil, ele corresponde a 27% de todos os diagnósticos de tumor maligno, então nós temos que ficar muito atentos, considerando principalmente que, se diagnosticado precocemente, as chances de cura são altíssimas”, alertou.

Como perceber os indícios do câncer de pele, ou ainda, diferenciar uma pinta ou macha comum e sadia, de uma anormalidade? Camila Orlando responde: “veja bem, existem algumas características que podem apontar para um tumor maligno. A pinta que está crescendo muito rápido, a pinta que se modificou recentemente, a pinta que é assimétrica (de um lado de uma forma, do outro lado de outra) ou ainda a pinta que tem muitas cores. Tudo isso são sinais que podem dizer a favor de um câncer de pele”.

Então, quando ir ao médico? Segundo a dermatologista, é necessário ter regularidade, já que os consultórios contam com aparelhagem próprios para diagnosticar o câncer com maior certeza que apenas a observação do paciente. “É importante que o paciente procure um médico caso percebe características nesse sentido, mas mesmo sem observar nada, é importante que se vá ao dermatologista para fazer um exame físico completo, pelo menos uma vez por ano”. Os pacientes de risco, segundo a Drª, devem ir com frequência ainda maior e não esperar um ano todo.

Afinal, deve-se preocupar com as pintas e manchas de nascença? De acordo com a entrevistada, sim. “Existem vários tipos de manchas congênitas. Os hemangiomas, que são manchas vasculares, não se malignizam, muito raramente. Mas existem os nevos congênitos, que são as pintas de nascença, e estes sim devem ser acompanhados, principalmente se forem ‘gigantes’. Existe sim um potencial de malignização”, completa.