Câncer que vitimou o ator de Pantera Negra é segundo em mortalidade no mundo

Em entrevista ao jornalista Breno Magalhães, do jornal Diário do Estado, o presidente da Sociedade Goiana de Gastroenterologia e médico gastroenterologista, Luiz Henrique de Sousa Filho, conversou sobre o câncer que matou o ator Chadwick Boseman, o ator do Pantera Negra.

O câncer colorretal, popularmente chamado de câncer de intestino, é o segundo tipo de câncer mais comum nas mulheres e o terceiro nos homens.  A estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca), é que em 2020 surgiu quase 41 mil novos casos, sendo 20.520 em homens e 20.470 em mulheres. A taxa de mortalidade é cerca de 48%.

Setembro Verde é o mês da conscientização do câncer de intestino, o  gastroenterologista comenta que provavelmente o ator descobriu a doença quando estava avançada. “A doença na fase avançada ela tem uma cura em torno de 50%, mas se for descoberta na fase precoce, nós temos 90% de chances de cura. Por essa a importância de programas de conscientização da população”, explica o médico.

Segundo o especialista, o principal fator para ter o câncer é o fator genético, quem tem parente de primeiro grau com a doença. Outros fatores são obesidade, alcoolismo e tabagismo, e a alimentação. Em relação a alimentação, é recomendado evitar o alto consumo de bebidas alcoólicas, alimentos gordurosos, carne vermelha e embutidos.

O médico explica que não pode esperar o sintoma para procurar um médico. “O câncer do intestino quando ele dá sintomas ele tá na fase avançada. A perda de peso, anemia, sangramento nas fezes, dor abdominal são sinais de alarmes de doença em fase avançada. Nessa fase são 50% de chance de cura. A colonoscopia deve ser feita de maneira preventiva, para poder ser detectada as lesões na fase precoce que tem 90% de cura.”, afirma o gastroenterologista.

Confira entrevista na integra:

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Vídeo: Circulação de fake news fez Goiás cair índice a cobertura vacinal infantil

Devido às baixas procuras por vacinas, em função da pandemia de Covid-19 e circulação de fake news, Goiás deu início nesta segunda-feira, 8, à Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e de Multivacinação para Atualização da Caderneta de Crianças e Adolescentes. O objetivo é reduzir o risco de transmissão de doenças imunopreveníveis, como a paralisia infantil, sarampo, catapora e caxumba. Este ano, a média da cobertura vacinal em Goiás está pouco acima dos 50%, ou seja, longe do ideal que 95%.

De acordo com a gerente do Plano de Nacional de Imunização (PNI) da Secretaria de Estado de Goiás, Clarice Carvalho, durante o período crítico da pandemia da Covid-1, no estado, muitos pais deixaram de levar as crianças até uma unidade de saúde para atualizar o cartão de vacinação. O medo, em parte, estava relacionado à doença, porém, a circulação de informações falsas contribuíram com o quadro.

“Muitas pessoas tinham receio de ir até uma unidade de saúde para se vacinar, mesmo estas unidades estando preparadas para acolher as pessoas. Ainda houve um receio, mas devido a circulação de fake news, informações incorretas, informações falsas, abordando a segurança da vacina”, explicou Clarice.

Para esse público, que ficou sem vacinar durante os últimos dois anos, os profissionais das Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) vão elaborar um plano para que o esquema vacinal fique completo.

Além disso, de acordo com a gerente do PNI, em Goiás, diversos municípios já atuaram ativamente para buscar as crianças que precisam de algum imunizante.

“Os municípios têm trabalhado sim nesta busca ativa, indo nas casas, principalmente, para vacinar as crianças de acordo com as doses programadas para a sua idade”, explicou Clarice.

*Entrevista completa ao final do texto*

Multivacinação Infantil

A Campanha de Multivacinação está aberta em todos os 246 municípios goianos, com objetivo de sensibilizar pais e responsáveis a levarem as crianças e adolescentes aos postos de saúde para completarem o cartão vacinal.

Dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES) mostram que, nos últimos anos, as coberturas vacinais de todas as vacinas estão bem abaixo de 95%, meta preconizada pelo Ministério da Saúde (MS) para garantir a proteção coletiva de toda a população infantil. Este ano, a média da cobertura vacinal em Goiás está pouco acima dos 50%.

Risco

O Brasil já convive com a reintrodução de doenças que já haviam sido erradicadas. Dois anos depois da concessão do Certificado de País Livre do Sarampo, com a circulação do vírus dessa doença e a transmissão por mais de 12 meses consecutivos, o país perdeu essa certificação. De 2019 a 2020, foram 20 casos notificados em Goiás.

Também a difteria, que havia sido controlada, deixando de ser uma preocupação dos gestores de saúde, voltou a apresentar casos isolados. O último caso da doença havia sido notificado em 1998. Neste ano, foi registrado um caso da enfermidade, em Santa Helena de Goiás.

Com o vírus da poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, circulando em países da África e diante das baixas coberturas registradas nas crianças brasileiras, existe o risco do retorno dessa doença, prevenida com apenas duas gotinhas da vacina Sabin.

O Brasil não cumpre, desde 2015, a meta de imunizar 95% do público-alvo vacinado contra a poliomielite, patamar necessário para que a população seja considerada protegida contra a doença.

Sarampo, tétano, difteria, poliomielite, tuberculose, coqueluche, meningites e várias outras doenças são prevenidas com vacinas seguras, testadas e usadas há mais de 30 anos com sucesso no Brasil.

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