Candida auris: “superfungo” preocupa autoridades de saúde em Pernambuco

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O “superfungo” Candida auris foi confirmado em três pacientes no Hospital Otávio de Freitas, em Tejipió, Recife, pela Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco. Este microrganismo, conhecido por sua resistência, pertence à família da cândida, mas se destaca pela sua dificuldade de eliminação. Um dos aspectos alarmantes é a sua capacidade de sobreviver tanto em ambientes hospitalares quanto em pacientes vulneráveis, facilitando a contaminação.

Em entrevista ao médico infectologista João Paulo França, presidente do Controle de Infecção da unidade de saúde, foi ressaltada a resistência da Candida auris aos antifúngicos disponíveis no mercado devido à sua membrana impermeável. Mesmo após procedimentos de limpeza profunda, o fungo pode persistir no ambiente hospitalar, representando um desafio para a erradicação efetiva.

Há especulações na comunidade científica sobre as origens do surgimento da Candida auris, incluindo o aquecimento global e a proliferação de microplásticos no meio ambiente como possíveis fatores contribuintes para sua evolução. Embora a ameaça seja grave em contextos hospitalares, as pessoas saudáveis têm um risco baixo de contágio, contanto que medidas simples de prevenção, como a lavagem frequente das mãos, sejam tomadas.

A disseminação do “superfungo” Candida auris em Pernambuco foi noticiada em diversos hospitais da região, incluindo o Hospital da Restauração, Miguel Arraes, e Getúlio Vargas. A suspenção de atendimentos e mudanças operacionais em algumas unidades de saúde foram necessárias para conter a propagação do fungo e proteger os pacientes vulneráveis.

A vigilância constante nas instituições de saúde, juntamente com a busca ativa por possíveis focos de contaminação, são essenciais para mitigar os riscos associados à Candida auris. Ademais, a conscientização sobre as medidas preventivas e a eficácia da desinfecção adequada são cruciais para combater a disseminação do fungo e proteger a saúde pública. É fundamental o engajamento e a prontidão das autoridades de saúde para lidar com essa ameaça emergente de forma eficaz.

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