Candidata é eliminada do Enem após despertador tocar

Candidata é eliminada do Enem após despertador tocar

Tami Marques de Acioly, uma candidata de 24 anos, vivenciou um momento inesperado e desolador durante a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no domingo, 3. Enquanto realizava a prova tranquilamente no bloco G da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), na Boa Vista, área central do Recife, o despertador do seu celular tocou, levando à sua eliminação da prova.
 
“O despertador que tocou. Achei que tinha desligado e que não ia tocar, mas aí tocou e eu tive que sair de sala,” relatou Tami ao g1. Essa é a terceira vez que ela tenta uma vaga nos cursos de cinema ou sociologia através do Enem.
 
Tami saiu da sala por volta das 15h, sentindo-se chateada e frustrada com o ocorrido. “Eu saí e estou na mágoa, porque eu me dediquei lá, lendo os textos e marcando tudo, para depois ser eliminada. Se fosse em outro ano, talvez eu teria saído em pranto, desesperada por ter sido eliminada por uma besteira. Falta de prestar atenção e desligar o despertador,” expressou.
 
Apesar da decepção, Tami já está planejando sua próxima tentativa. Para ela, o maior desafio no Enem não é apenas a prova em si, mas a tensão e a pressão que vêm com o exame. “Eu acho que o Enem em si, apesar de ter a prova, para mim o que sempre foi muito complicado é a questão da tensão que é posta em cima. Essa pressão de horário, de tudo certinho,” destacou.
 
Para a próxima tentativa, Tami pretende manter a calma e apostar na organização antecipada. “Eu vou tentar novamente no próximo ano. Vou me preparar melhor, manter a calma e seguir todas as regras da prova,” afirmou.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Estudante de medicina é morto por PM durante abordagem, em São Paulo

Na madrugada de quarta-feira, 20, um trágico incidente ocorreu na Vila Mariana, zona sul de São Paulo, quando um estudante de medicina de 22 anos foi morto por um policial militar dentro de um hotel. Marco Aurélio Cardenas Acosta estava hospedado no Hotel Flor da Vila Mariana na Rua Cubatão.

Segundo relatos policiais, tudo começou quando Marco Aurélio, estudante na Universidade Anhembi Morumbi, teria dado um tapa no retrovisor de uma viatura policial e fugido. Os policiais militares Guilherme Augusto Macedo e Bruno Carvalho do Prado, que estavam em patrulhamento, perseguiram o jovem até o interior do hotel.

As imagens das câmeras de segurança mostram Marco Aurélio entrando correndo no saguão do hotel sem camisa, sendo perseguido pelos policiais. Um dos agentes tentou puxar o jovem pelo braço, enquanto o outro o chutou. Durante a confusão, Marco Aurélio segurou o pé de um dos PMs, que se desequilibrou e caiu. Nesse momento, o PM Guilherme atirou à queima-roupa na altura do peito do estudante.

Segundo o boletim de ocorrência, os policiais alegaram que Marco Aurélio estava “bastante alterado e agressivo” e que ele tentou pegar a arma de um dos agentes. No entanto, as imagens não mostram claramente essa ação.

Marco Aurélio foi socorrido e encaminhado ao Hospital Ipiranga, onde sofreu duas paradas cardiorrespiratórias e passou por uma cirurgia. Infelizmente, ele não resistiu aos ferimentos e morreu por volta das 6h40.

O caso foi registrado no Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) como morte decorrente de intervenção policial e resistência. Os policiais envolvidos na ocorrência prestaram depoimento, foram indiciados em inquérito e permanecerão afastados das atividades operacionais até a conclusão das apurações.

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que a arma do policial responsável pelo disparo foi apreendida e encaminhada à perícia. As imagens registradas pelas câmeras corporais dos policiais serão anexadas aos inquéritos conduzidos pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo DHPP.

A Associação Atlética Acadêmica de Medicina Anhembi publicou uma nota de luto pelo estudante, destacando sua importância como aluno e amigo. “A Medicina Anhembi manifesta profundo pesar pelo falecimento do nosso querido aluno do internato Marco Aurélio Cardenas Acosta, apelidado como ‘Bilau’. Neste momento de imensa dor, nos solidarizamos com seus familiares, companheiros de time e colegas, que perderam não apenas um companheiro de jornada, mas também um amigo.”

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Isso vai fechar em 0 segundos