Candidatos a vereador profissionalizam campanhas com apoio de estrategistas políticos

Estrategista político, Israel Braga fala à coluna sobre o trabalho destes profissionais com pré-candidatos a vereador. Na foto, ele está ao lado da deputada Silvye Alves

Antes restritos às demandas de candidatos que disputavam cargos majoritários, os agora denominados “estrategistas políticos” – outrora “marqueteiros” – também passaram a ser disputados por aqueles que lutam por vagas nas Câmaras de Vereadores.

A coluna Poder conversou com um deles, Israel Braga. “Nossa missão passa pelo planejamento estratégico de toda a campanha até a definição de uma nova linguagem a ser adotada pelo candidato e que seja mais palatável para o eleitor. Dada minha formação em Publicidade, conseguimos economizar tempo cuidando também de questões como comunicação visual”, explica.

Ainda segundo Israel, com a atuação do estrategista político, é possível reduzir custos de campanha e otimizar o trabalho do pré-candidato delimitando regiões da cidade e definindo segmentos do eleitorado onde ele irá focar o pedido de votos. “Algo totalmente diferente de quem disputa uma prefeitura, por exemplo, que tem que falar com toda a população”, acrescenta.

“Em linhas gerais, fazemos um cruzamento de dados do IBGE e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), entre outras fontes. A partir daí, e a várias mãos, montamos aquele que seria o ‘cenário ideal’ para o nosso candidato trabalhar. Ali já estão o perfil do eleitor, faixa etária, escolaridade, bairro, renda média, formação”, exemplifica. “Neste contexto também entra, na sequência, o diálogo com as lideranças dos segmentos que queremos alcançar”.

Israel está à frente de quatro pré-campanhas proporcionais: a de Durval Pedroso (PRD), ex-secretário de Saúde em Goiânia; da jornalista Arianne Cândido (UB), que conta com apoio da deputada federal Silvye Alves (UB); Thiago Brey (PP), ex-secretário-executivo do GoiâniaPrev; e Eliane Azevedo (Podemos), defensora da causa autista. Os três primeiros concorrerão na capital; Eliane, em Rio Verde. Todos disputarão o primeiro mandato.

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Presidente da Câmara, Romário Policarpo tenta valorizar passe do PRD junto a Sandro Mabel

Presidente da Câmara, Romário Policarpo tenta valorizar passe do PRD junto a Sandro Mabel

Pré-candidato a prefeito de Goiânia, o empresário Sandro Mabel (UB) parece ter entendido o “recado” passado, neste final de semana, pelo presidente da Câmara, Romário Policarpo (PRD), e compareceu à sede do Legislativo nesta terça-feira, 9. Romário “cogitou” levar seu PRD para a pré-campanha à reeleição do prefeito Rogério Cruz (SD); e entre os argumentos, o de que tem indicações no primeiro escalão do Paço Municipal.

O PRD, assim como PSB, Agir, PMB e Avante, integra (ou integrava) um bloco articulado pelo presidente da Assembleia, Bruno Peixoto (UB), para fortalecer sua pré-candidatura a prefeito. Na sequência, o mesmo bloco acertou com Sandro Mabel que indicaria o pré-candidato a vice-prefeito dele.

Mas fato é que Avante e Agir já protagonizaram eventos recentes em que declararam apoio a Sandro, ao passo que o PSB é dado como certo na chapa da pré-candidata Adriana Accorsi (PT) via costuras feitas em âmbito nacional.

Vendo então que seu PRD correria o risco de ter seu passe desvalorizado, já que as demais legendas daquele bloco já seguiram seu rumo, houve então esta “ameaça” pública de compor com Rogério – segundo avaliações do QG de campanha de Mabel – que, diga-se de passagem, não exonerará, pelo menos não por agora, indicados de Romário Policarpo sob pena de ter mais problemas do que os que já tem.

Para demonstrar que está disposto a trabalhar pelo maior número de aliados possíveis em torno do seu projeto, Sandro foi hoje à Câmara, onde conversou com o presidente da Casa. Aliás, sua ida foi no mesmo dia em que CCJ deu sinal verde para votação do projeto de autoria do Executivo que permite a prefeitura vender 76 áreas públicas. Ele diz ser contra a matéria e afirma que os espaços podem ser usados para construção de CMEIs e unidades de saúde. A tramitação do projeto em plenário – incluindo aí se entrará em pauta antes ou somente depois do recesso dos vereadores – será um bom indicativo de quão produtiva foi a conversa entre Romário e Mabel.

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