Candidatos que pretendem concorrer às eleições tem até dia 7 para deixar funções públicas

Todos os candidatos que ocupam função pública de secretariado ou mandato eletivo de governador, prefeito, deputado ou senador tem até o dia 7 de abril para se desvincular das atuais funções públicas

Quem pretende concorrer às eleições de 2018 precisa ficar atento às fases do processo da disputa eleitoral que vai desde a filiação partidária até a diplomação e posse dos eleitos. Especialmente, candidatos aos cargos de: presidente da república, senador, governador, deputado federal ou estadual, que já ocupam cargo ou função pública devem ficar atentos aos prazos de desincompatibilização de seus respectivos cargos ou funções.

O advogado especialista em direito eleitoral, Dyogo Crosara lembra que um dos requisitos primários ao registro de candidatura se concentra na desincompatibilização para não correr o risco de se tornar inelegível. “Desincompatibilização é o ato jurídico do afastamento definitivo de todo e qualquer cargo, função ou emprego na administração pública direta ou indireta, mediante renúncia, exoneração ou licença para concorrer à eleição pretendida”, explica.

A lei da inelegibilidade delibera prazos diferenciados de desincompatibilização que varia de 3 a 6 meses antes das eleições. A legislação eleitoral determina que todo e qualquer cidadão que ocupa função pública de secretariado ou mandato eletivo de governador, prefeito, deputado ou senador, deve se desvincular das atividades públicas no prazo máximo de 6 meses antes das eleições. Ou seja, eles têm até o dia 7 de abril para se abandonar as atuais funções.

O servidor público em sentido amplo e que pretende ser candidato nessas eleições, terá um prazo para se desincompatibilizar de 3 meses antes das eleições. A legislação impõe ao candidato que o ato de desincompatibilização deve ser expresso em documento hábil a comprovar o afastamento no prazo legal. Por outro lado, a jurisprudência tem aceitado o afastamento de fato como elemento capaz a comprovar a desincompatibilização, à exceção dos servidores ocupantes de cargos comissionados.

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Daniel Silveira agradeceu a liberdade em igreja antes da nova prisão

Daniel Silveira Agradece a Liberdade em Igreja Antes da Nova Prisão

O ex-deputado Daniel Silveira teria ido a igreja agradecer a liberdade da prisão um dia antes de ser preso novamente. A informação foi dada pelo advogado Paulo Faria, que cuida do caso envolvendo o político condenado por ameaça a democracia.

“A todos que torceram pela liberdade de Daniel Silveira, saibam que ele está feliz em família. Falei com ele hoje, foi à igreja agradecer a ‘liberdade’, e vai curtir a família. Muito obrigado por tudo, e pelas orações. Falo em nome da esposa, filhas, mãe e irmã”, escreveu seu advogado nas redes sociais.

Daniel Silveira foi preso novamente na madrugada do dia 22 de dezembro, após descumprir medidas cautelares impostas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. Ele havia sido solto na última sexta-feira, 22, após uma decisão que convertia a prisão em condicional após o entendimento de que ele já havia cumprido uma parcela significativa da pena.

Segundo o STF, o ex-deputado teria usado uma ida ao hospital para desrespeitar o toque de recolher, previsto para as 22h. Silveira teria ficado no local até 0h30, mas voltou para casa apenas as 2h da manhã.

“O sentenciado demonstrou, novamente, seu total desrespeito ao poder judiciário e à legislação brasileira, como fez por, ao menos, 227 (duzentas e vinte e sete) vezes em que violou e descumpriu as medidas cautelares diversas da prisão durante toda a instrução processual penal”, disse Moraes na decisão.

Daniel Silveira estava preso desde 2 de fevereiro de 2023, após ser condenado a oito anos e noves meses de prisão por ameaçar o Estado Democrático de Direito e coagir o andamento do processo, ganhando progressão de regime fechado para semiaberto.

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