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Candidatura de Boulos à Presidência é oficializada pelo PSOL

Última atualização 23/07/2018 | 11:40

O coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), Guilherme Boulos, foi lançado hoje (21) candidato à Presidência da República pelo PSOL, na convenção nacional em São Paulo. Também foi homologado o nome de Sônia Guajajara, representante do povo indígena, para vice-presidente. O PSOL aprovou aliança com o Partido Comunista Brasileiro (PCB).

Para um público formado por integrantes do MTST, movimentos sociais e representantes dos povos indígenas, Boulos destacou que irá defender temas que pertencem aos princípios do partido, como o direito ao aborto e à desmilitarização da polícia.

“Não teremos medo de defender o direito ao aborto neste país, porque é um tema de saúde pública, e precisamos defender o direito à vida das mulheres, principalmente as mais pobres. Também vamos combater o genocídio da juventude negra, revendo o modelo de segurança pública. O que não podemos é legalizar a distribuição de armas neste país”, disse.

Em vários momentos, ressaltou a necessidade das investigações sobre a morte da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), assassinada em março deste ano no Rio de Janeiro, ao lado do motorista Anderson Gomes.  “Enquanto não houver justiça, a democracia brasileira permanecerá manchada.”

 

Eleições

Boulos defendeu a liberdade e o direito do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ser candidato. “Nós defendemos o direito de Lula ser candidato à Presidência da República porque entendemos que foi vítima de uma condenação injusta e que hoje sofre uma prisão política para retirá-lo do processo eleitoral”, afirmou.

Ao comentar a aliança com o PCB e os movimentos sociais, Boulos criticou adversários. Segundo ele, muitos buscam alianças somente para conquistar maior tempo no horário eleitoral gratuito. “Fazem um verdadeiro balcão de negócios. Nós preferimos governar tendo todos estes partidos na oposição.”

O presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros, disse que o partido poderá ter 23 segundos no horário eleitoral gratuito. “Vamos compensar com nossa militância nas ruas e uma plataforma colaborativa nas redes virtuais, que formarão grupos de ação em vários estados”, disse Boulos.

Informações da Agência Brasil.