Última atualização 28/09/2018 | 12:20
Segundo informações a prisão de Marconi Perillo (PSDB) teria sido decretada pela Justiça, na operação Cash Delivery que investiga propina para favorecer a Odebrecht em contratos e obras no estado. Logo após, a Polícia Federal informou que não pediu a prisão de Marconi em função da legislação eleitoral, não poderia ser cumprido porque é candidato ao Senado, os candidatos não podem ser presos quinze dias antes e dois dias depois das eleições.
As investigações apontam que enquanto era senador e depois como governador de Goiás, Marconi teria pedido e recebido. A polícia tenta agora identificar qual foi o destino dado à propina.
A Defesa do ex-governador Marconi Perillo divulgou nota repudiando à ação deflagrada hoje em Goiás. Confira a nota completa:
“O ex-governador foi citado na delação da Odebrecht por fatos ocorridos em 2010 e 2014. É evidente que os fatos devem ser apurados e a Defesa não tem nenhuma preocupação com a investigação.
A palavra do delator é isolada e não há, sequer en passant, qualquer fiapo de indício contra o Marconi Perillo. A busca e apreensão na residência do ex Governador ha 9 dias da eleição assume um caráter claramente eleitoreiro e demonstra um abuso por parte do Ministério Publico e do Poder Judiciário.
É, sem dúvida, uma clara interferência, indevida e perigosa, contra a a estabilidade democrática. Os fatos citados pelo delator, sem provas, se referem a questões antigas. A falta de contemporaneidade, já decidiu varias vezes o Supremo Tribunal,é impeditivo de prisões e qualquer outra medida constritiva contra qualquer cidadão.
Importante esclarecer que NÃO é verdade que o ex Governador teve mandado de prisão decretado, mas teve busca e apreensão e esta medida, neste momento ,já é uma grave agressão. Uma violência inexplicável ao estado democrático de direito.
A Defesa vem denunciando, há tempos, à espetacularização do direito penal e a criminalização da politica.”