Canoa naufraga e deixa uma mulher morta em lago de São Simão

Uma mulher morreu e cinco pessoas ficaram feridas após uma embarcação naufragar na noite deste sábado, 4, no Lago Azul, em São Simão. Mãe e filha se feriram com queimaduras nas mãos e passam bem. Segundo o Corpo de Bombeiros, todos os tripulantes usavam coletes salva-vidas, mas a mulher se afogou mesmo assim.

Na canoa estavam o barqueiro, um casal com uma filha adolescente e outro casal, totalizando seis pessoas. O grupo voltava de uma pousada que fica nessa ilha, onde foram passear.

Um temporal caiu quando eles estavam no lago e precisaram voltar para a ilha. Assim que a chuva passou, o grupo decidiu atravessar novamente, mas o temporal voltou no meio do caminho e afundou a canoa.

O grupo ficou de cinco horas na água até ser encontrado, de acordo com os bombeiros. Os cinco sobreviventes foram levados para o Hospital Municipal de São Simão para atendimento médico.

Naufrágio

No momento em que a canoa afundou, a mulher e a filha se agarraram a um tambor de gasolina e, por isso, tiveram queimaduras nas mãos, segundo o oficial dos bombeiros. O canoeiro e o esposo dessa mulher acharam uma garrafa térmica para se apoiarem. Do outro casal, o homem ficou boiando e a esposa dele morreu.

Na madrugada, um morador foi ao local do naufrágio com barco próprio para ajudar no resgate e chamou o Corpo de Bombeiros.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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