Cantor que agrediu a mãe deve responder por violência contra mulher

O cantor sertanejo, Luan, da dupla com Marco, irá responder violência contra mulher após ele ter agredido a própria mãe em frente uma distribuidora de Guapó, Região Metropolitana de Goiânia.

Através de uma nota, a defesa de Luan afirmou que as acusações realizadas a ele não condizem com a realidade dos fatos e que o caso ainda está sob investigação, sem processo, acusação ou julgamento oficializados contra o cantor.

Segundo o delegado responsável pelo caso, André Veloso, o cantor vai responder pela contravenção penal de vias de fato em contexto de violência contra mulher.  “Ele vai ser indiciado, a gente já está confeccionando o relatório final e ele não vai ser convertido em TCO por causa do impedimento legal da lei Maria da Penha”, explicou.

Ainda de acordo com o delegado, pelo entendimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ), as contravenções penais não podem ter o benefício do Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) quando ocorrem em situação de violência doméstica contra mulher. 

“O laudo não constatou lesão, então ele vai responder pela contravenção penal de vias de fato, que é a agressão que não deixa lesão, que tem pena máxima de prisão simples de três meses”, explicou o delegado.

Cantor agride a própria mãe em bar; relembre 

O cantor sertanejo Luan, com a dupla Marco, foi flagrado empurrando a mãe após uma discussão em frente a uma distribuidora de bebidas em Guapó, na Região Metropolitana de Goiânia. De acordo com a Polícia Civil de Goiás (PCGO), a agressão ocorreu na noite do último sábado, 4, e o caso continua em investigação.

De acordo com a PC, a mãe de Luan vai precisar explicar o que de fato ocorreu. “O caso está sendo investigado pela Delegacia de Guapó. A vítima foi intimada para ser ouvida”, disse a corporação.

Em entrevista para a TV Anhanguera, a mãe do cantor assumiu a culpa pelo ocorrido e se mostrou abalada com a repercussão do caso. Ela contou que toma remédio controlado e exagerou na bebida. “Aí eu fui pra cima dele e ele foi se defender e ele acabou me empurrando, mas não foi porque ele quis”.

De acordo com o delegado André Veloso, a mãe de Luan deverá passar por um exame de corpo de delito. “Tendo em vista que o crime de lesão corporal contra a mulher, no caso a mãe, é de ação pública incondicionada, ou seja, não depende da manifestação ou do querer da vítima para que a polícia haja”, explicou Veloso.

Assista ao vídeo do cantor empurrando a mãe:

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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