Publicado na revista ‘Proceedings of the National Academy of Sciences’, na última segunda-feira, 31, um estudo afirma que o cão cantor, considerado extinto do seu habitat natural há 50 anos, ainda vive na natureza.
O animal foi visto na natureza pela última vez nos anos 70. Estima-se que 200 a 300 cães vivam em zoológicos e santuários em todo mundo. O cão cantor é chamado dessa forma pelo seu uivo descrito como “uivo de lobo com tons de canto de baleia”. O habitat natural do animal costumava ser às partes altas da ilha dividida pela Papua-Nova Guiné e pela Indonésia.
Moradores da montanha, no lado indonésio, informaram que ouviram o canto do animal nos últimos anos. No ano de 2016, pesquisadores encontraram e coletaram material de 15 cães selvagens. Em 2018, estudiosos voltaram ao local e pegaram amostras de sangue dos animais que suspeitavam ser o cão cantor.
O estudo publicado nesta segunda-feira divulga que. quando comparado o genoma dos cães que estavam nas colinas com o dos animais em cativeiro, confirma ser o cão cantor.
A geneticista Elaine Ostrander, do Instituto Nacional de Genoma dos Estados Unidos e co-autora do estudo, informou a à revista “Science”, que a preocupação no momento é que os animais mantidos em cativeiro tenha dificuldade de reprodução. “Se eles [cães em cativeiro] pudessem ser cruzados com esses cães das colinas, isso poderia preservar a população e reintroduzir parte da diversidade genética que foi perdida ao longo dos anos de cativeiro”, relata a pesquisadora.”