Capitão da PM preso em São Paulo em operação da PF contra grupo de crimes financeiros de R$ 6 bilhões

Capitão da PM é preso em São Paulo durante operação da PF contra grupo suspeito de crimes financeiros de R$ 6 bilhões

O policial atuava na Casa Militar até setembro deste ano e estava lotado no 13º Batalhão; ele foi conduzido para a sede da PF. Segundo a Polícia Federal de Campinas, a organização criminosa era liderada em parte por chineses e operava um sofisticado sistema bancário ilegal de lavagem de dinheiro e evasão de divisas para 15 países.

Um capitão da PM está entre os quatro detidos na capital paulista durante uma operação da Polícia Federal realizada nesta terça-feira (26) contra uma organização criminosa que operava um complexo sistema bancário ilegal de lavagem de dinheiro e evasão de divisas para pelo menos 15 países.

Diogo Cangera atuou como oficial da Casa Militar até setembro de 2024 e estava na corporação do 13º Batalhão, no Centro. Ele é suspeito de ser responsável por angariar clientes para a lavagem de dinheiro e evasão de divisas, além de oferecer estrutura para o esquema.

Diogo foi levado para a sede da PF e deverá ser transferido para o Presídio Militar Romão Gomes. A GloboNews tenta contato com sua defesa.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública informou que o policial citado “foi integrado à Casa Militar em abril de 2012 e permaneceu na unidade até setembro deste ano, quando foi transferido para o 13º BPM/M. Neste período, a Casa Militar não foi notificada sobre nenhuma investigação ou apuração em desfavor do policial. A Corregedoria da Polícia Militar, que também apura os fatos, acompanha os desdobramentos da operação deflagrada nesta terça-feira e está à disposição da Polícia Federal para colaborar com as investigações”.

Além dele, um policial civil de São Paulo afastado desde 2022, que era dono de banco, também foi preso durante a operação. Cyllas Elia, proprietário do 2 Go Bank, foi detido na capital paulista.

OPERAÇÃO

A ação foi realizada em São Paulo e outros cinco estados, além do Distrito Federal. Segundo a PF, o grupo, liderado em parte por chineses, é suspeito de cometer nos últimos cinco anos crimes financeiros no valor de R$ 6 bilhões.

Entre os integrantes estão brasileiros e estrangeiros de diversas funções, como policial militar e civil, gerentes de bancos e contadores.

A investigação teve início em 2022 e revelou o esquema, que realizou operações de crédito e débito que chegaram a R$ 120 bilhões. Em 2024, o chefe do grupo movimentou, sozinho, R$ 800 milhões. Ele buscava a abertura de empresas e contas bancárias com capacidade de movimentar R$ 2 bilhões por dia.

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Corretor de imóveis condenado por morte em passeio de lancha é preso em SP

Justiça manda prender corretor de imóveis condenado por matar jovem durante
passeio de lancha em SP

Decisão tem base em tese do STF, de que condenados em tribunais do júri devem
cumprir pena imediatamente. Ivan Augusto Vall Ribeiro foi condenado a 32 anos de
prisão em 2021, mas meses depois obteve habeas corpus no STJ.

A Justiça de Sertãozinho (SP) expediu
na quarta-feira (4) um mandado de prisão contra o corretor de imóveis Ivan
Augusto Vall Ribeiro, condenado à prisão pela morte do estudante Marcelo
Toniello, atingido por um tiro enquanto passeava de lancha em represa do
município em 1999.

Vall Ribeiro foi condenado a 32 anos de prisão em um Tribunal do Júri realizado
em outubro de 2021, ficou preso por seis meses, mas obteve no Superior Tribunal de Justiça (STJ), em
março de 2022, o direito a recorrer da condenação em liberdade.

O crime foi cometido em setembro de 1999. Marcel Toniello, com 20 anos, passeava
de lancha com quatro amigos por uma represa em Sertãozinho, quando foi atingido
com um tiro na barriga. Ele chegou a ser socorrido e levado para um hospital,
mas não resistiu.

Durante as investigações, foi descoberto que o disparo saiu de um pesqueiro em
outro ponto da represa. Após o ocorrido, o corretor de imóveis Ivan Augusto Vall
Ribeiro fugiu do local.

Ele se apresentou à delegacia oito dias depois e confessou ter atirado, mas
alegou que o disparo foi acidental.

No entanto, o Ministério Público reverteu a condição do réu e obteve a ordem de
prisão na 1ª Vara Criminal de Sertãozinho com base em uma recente tese do
Supremo Tribunal Federal (STF), de que os veredictos de tribunais do júri são soberanos e que condenados nessa
modalidade devem cumprir a pena imediatamente.

Até a publicação desta notícia, o cumprimento da prisão ainda esteve pendente,
segundo o Ministério Público e o Banco Nacional de Medidas Penais e Prisões
(BNMP).

A produção da EPTV, afiliada da TV Globo, entrou em contato com o advogado de
defesa do réu, mas não obteve um posicionamento até o início da tarde desta
quinta-feira (5).

Ele cumpriu seis meses de pena entre o final de 2021 e o começo de 2022, quando
conseguiu, em março, um habeas corpus no STJ para recorrer em liberdade,
enquanto não se esgotassem todos os recursos.

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